Com abertura da semana quebrando recorde e a menor oferta de animais para abate, pecuaristas miram R$ 325/@ com semana cheia de feriados!
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta segunda-feira,29, e os preços voltaram a quebrar os recordes nominais. O cenário atual sugere pela continuidade do movimento de alta, uma vez que a oferta permanece bastante reduzida em grande parte do
Centro-Sul do país. Pecuaristas já miram os R$ 325,00/@ com a valorização do dólar e maior competitividade nas exportações!
Animais que atendem ao mercado externo estão sendo negociados em R$320,00/@, preço bruto e à vista, com possibilidade de negócios acima da referência já sendo sondados, dependendo da distância e qualidade do lote.
As indústrias possuem melhores margens com os atuais valores do dólar, que teve grande valorização nos últimos dias.
Segundo o levantamento diário realizado pela Scot Consultoria, os preços negociações para a vaca gorda e novilha gorda para abate estão em R$285,00/@ e R$303,00/@, nas mesmas condições, respectivamente. Com feriados prolongados e indústria avaliando o mercado interno, os preços seguiram estáveis.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 314,84@, na sexta-feira (25/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,89/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 295,15/@.
Destaque do dia ficou para negociação em Mirante do Paranapanema/SP, onde a boiada gorda com destino a exportação cravou o valor de R$ 320,00/@ com prazo de pagamento em 4 dias e abate programado para o dia 6 de abril, conforme imagem abaixo!
O indicador do boi gordo do Cepea registrou uma nova valorização na abertura da semana. A cotação variou 1,71% em relação a sexta-feira e passou de R$ 314,45 para R$ 315,0 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,21%. Em 12 meses, os preços alcançaram 58,3% de alta.
Ainda assim, o receio com o mercado atacadista de carne traz lentidão para as negociações na B3, o contrato para maio/21 registrou alta de apenas 0,02%, ficando cotado a R$ 305,40/@.
O contraponto permanece na demanda doméstica de carne bovina, em um ambiente bastante incerto com a adoção de medidas de isolamento social em muitos estados.
“A tendência é que o consumidor médio ainda opte por
proteínas que causem um menor impacto na renda média; portanto a carne de frango segue com a preferência da população brasileira”, diz o analista.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 317, ante R$ 316 na sexta-feira, 26.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 304, contra R$ 303.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os valores do boi gordo subiram, passando de R$ 309, para R$ 310 a arroba.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por mais espaço para reajustes dos cortes menos nobres, avaliando a incerteza de restaurantes, bares e outros estabelecimentos em torno de seu pleno funcionamento, tornando desinteressante a composição de estoques.
“A carne de frango tende a seguir com a predileção do consumidor médio em um ambiente pautado pela descapitalização”, aponta Iglesias.
Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17 o quilo.