A redução nas escalas de abate dos frigoríficos é nítida, o que pode forçar ordens de compras de boiadas gordas mais agressivas, forçando alta nos preços!
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos na maioria das regiões de produção e comercialização do país nesta terça-feira, 25. O ambiente de negócios volta a indicar uma maior consistência do movimento de alta no decorrer do mês de junho. O mercado do boi a termo também tem nova alta e fechou contratos a R$ 351,00/@.
Os preços no físico seguem a mesma trajetória de alta, com animais valendo acima de R$ 315,00/@, linha com a tendência de retração do confinamento de primeiro giro. Desta forma, o mercado voltará a conviver com uma conjuntura pautada pela restrição de oferta.
Segundo a Scot Consultoria, o mercado está firme nas praças paulistas. A cotação do boi e da novilha gordos está firme e estável e, a cotação da vaca gorda subiu R$1,00/@ na comparação dia a dia. O ágio para o mercado chinês chega até R$8,00/@.
O boi gordo destinado ao mercado interno está apregoado em R$307,00/@, e a vaca e a novilha gordas estão apregoadas em R$285,00/@ e R$299,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 312,16@, na terça-feira (25/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,71/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 298,51/@.
Os preços nas praças paulistas seguem acima de R$ 300,00/@ com a máxima batendo em R$ 315,00/@, apontou o app para o mercado físico. Já o Boi a Termo, segundo as negociações confirmadas, os preços são de R$ 351,00/@ para entrega em outubro, segundo imagem abaixo!
Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar uma forte valorização de 1,51% e atingiu o patamar de R$ 309,00/@. O mercado começa a sentir a falta de animais, conforme citado anteriormente, o que pressiona as cotações e retira a situação “confortável” da indústria neste momento.
“Há muitos relatos de dificuldades na aquisição de animais por valores abaixo das máximas vigentes no mercado, o que ocasiona estímulos altistas para os preços da arroba”, avalia a IHS Markit.
Diante dessa expectativa, muitos pecuaristas evitam vender agora os seus lotes de animais, enquanto os frigoríficos tentam aumentar as suas escalas de abate antes do encerramento do mês, relata a consultoria.
Exportação
Até a terceira semana de maio o Brasil exportou 88,8 mil toneladas de carne bovina in natura, ou 5,9 mil toneladas/dia, recuo de 23,6% na média diária, em relação a maio/20.
Mercado Futuro
Na B3, os contratos futuros fecham em alta novamente, o vencimento para outubro/21 chegou na casa dos R$ 347,50/@ durante o dia, mas fechou o período cotado a R$ 345,60/@, valorizando 0,57%.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 310 ante R$ 309 na segunda, na modalidade à prazo.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295 a arroba, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 300 contra R$ 299,00.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303 contra R$ 302,00.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 304, ante R$ 302 – R$ 303.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por maior espaço para reajustes ao longo da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo, avaliando a entrada dos salários na economia como aceleradora da reposição entre atacado e varejo.
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“Além disso, os frigoríficos voltam a se deparar com um cenário de oferta ajustada. Portanto, os estoques tendem a ser mais enxutos no próximo mês, fator que acentua a propensão a altas nos preços”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,35 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,00 o quilo, assim como a ponta de agulha.