Arroba firme a R$ 325 traz expectativa de recorde, veja

Os preços da arroba abriram o mês de julho em patamar recorde, mas com baixa fluidez de negócios; Próxima semana deve trazer novas valorizações!

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira, 02, com baixa fluidez de negócios, já que as os frigoríficos ainda operam com escalas de abate relativamente confortáveis, ainda posicionadas entre três e cinco dias úteis em média. Mas a virada do mês tem grandes expectativas de maior demanda e, com isso, novas valorizações nos preços da arroba, confira!

As indústrias frigoríficas seguiram tentando impor uma baixa nos preços ofertados, mas sem sucesso nas negociações. Os pecuaristas estão de olho nas margens, principalmente após as altas nos preços da reposição e dos insumos, com isso não tem sido eficaz as reduções nos preços da arroba!

Segundo a Scot Consultoria, o cenário foi de estabilidade no fechamento desta sexta-feira. Apesar dos preços estáveis, algumas indústrias frigoríficas testaram preços menores, com poucos negócios concretizados. O boi, vaca e novilha gordos estão apregoados em R$317,00/@, R$294,00/@ e R$310,00, nesta ordem, preços brutos e a prazo. 

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,35/@, na sexta-feira (02/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 314,34/@.

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia desvalorização dos preços. A cotação variou -0,16% em relação ao dia anterior e atingiu R$ 316,05 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20%. Em 12 meses, os preços alcançaram 46,55% de alta.

Em Presidente Prudente, praça paulista, o pecuarista informou negócios de R$ 320,00/@ com prazo de três dias para pagamento e abate para o dia 19 de julho. Ainda no gráfico abaixo, é possível perceber que os preços seguem em patamares elevados e, as negociações acima da referência puxam a média para cima!

As incertezas em torno da China permanecem presentes no mercado, avaliando a constante queda dos preços da suinocultura chinesa. “Somado a isso foram relatadas a tentativa de renegociação de contratos por parte de importadores chineses, premissa válida para carne bovina e suína”, disse Iglesias.

Os preços do indicador do boi gordo CEPEA/B3 atravessaram o primeiro semestre de 2021 em patamares firmes, destacam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Na avaliação dos pesquisadores do Cepea, “a sustentação nas cotações veio da oferta enxuta de animais prontos para o abate, da retenção maior de fêmeas para a produção de reposição e da demanda chinesa aquecida”.

Capacidade reduzida, escalas alongadas

As escalas de abate dos frigoríficos voltaram a crescer nos últimos dias, com a indústria frigorífica operando com sua capacidade reduzida, as escalas de abate seguem “com falsa impressão de conforto”:

  • O estado de São Paulo ganhou a companhia e agora divide a primeira com Tocantins no que diz respeito a programação de abate. Devido a uma maior facilidade da compra dos frigoríficos dessas regiões, ambos encerram a semana com uma média de 11 dias úteis.
  • Minas Gerais e Goiás foram os estados em que o avanço nas escalas foi mais sentido, crescendo 3 dias úteis no comparativo semanal, e fechando a sexta-feira com uma média de 10 dias úteis já programados.
  • As indústrias mato-grossenses também encerram a semana com 10,0 dias úteis em suas escalas, com um aumento de dois dias úteis ante a última semana.
  • Mato Grosso do Sul é o único abaixo da média nacional com 6,0 dias úteis de abates programados, mas também registrou avanço no comparativo semanal em 2,0 dias.

Exportação

Em junho, o Brasil exportou 140,31 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento de US$727,02 milhões. Queda de 7,6% nos embarques, mas aumento de 11,3% no faturamento em relação a junho de 2020 (Secex).

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, na modalidade à prazo.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada.
  • Em Cuiabá, o valor pago foi de R$ 309, inalterada.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. A expectativa é que haja continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo.

“No entanto esse movimento será cerceado pela atual situação econômica, que impossibilita o consumidor médio de absorver novos reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis. Nesse contexto, a carne de frango ainda conta com a preferência do consumidor médio”, disse Iglesias.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo, alta de R$ 0,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.

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