A semana abriu conforme esperado, com as indústrias frigoríficas fora das compras e avaliando a demanda, algumas plantas já entram de férias, veja!
O mercado físico do boi gordo registrou preços estáveis nesta segunda-feira, 21, com indústria tendo grande dificuldade em compor as suas escalas. A ordem da indústria foi para se retirar da praça, reduzindo o volume de negociações. Do outro lado, os pecuaristas buscam melhores preços na comercialização, de olho nos preços da reposição e dos insumos!
Com as programações de abates “falsamente tranquilas”, boa parte dos frigoríficos não promoveu ordens de compras de boiadas, resultando num baixo volume de negócios e estabilidade nos preços da arroba. Salientamos aqui, que as indústrias estão entrando em férias devido a lacuna na oferta de animais e ociosidade das plantas.
Com isso, o volume de negócios foi menor e os preços ficaram estáveis em relação à sexta-feira (18/6), informou a Scot Consultoria, apontando que o boi, vaca e a novilha gordos estão sendo negociados, respectivamente, em R$317,00/@, R$294,00/@, e R$310,00/@, preços brutos e a prazo.
Para bovinos que atendem o mercado internacional, os negócios podem chegar até R$325,00/@, preço bruto e à vista. O destaque continua sendo o mercado externo, com preços e demanda firmes em patamares mais elevados que aqueles para animais destinados ao mercado interno.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 319,00/@, na segunda-feira (21/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 316,45/@.
Um dia após bater o recorde histórico da série, o indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,83% em relação ao dia anterior e passou de R$ 320,90 para R$ 318,25 por arroba. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,13%. Em 12 meses, os preços alcançaram 48,71% de valorização.
Exportações
Durante a terceira semana de junho/21 as exportações de carne bovina in natura se intensificaram. Foram 44,13 mil toneladas embarcadas, um acréscimo de 51,37% no volume embarcado quando comparado a semana retrasada. Desta forma, a média diária dos envios para fora do país aumentou 12,35%, atingindo o valor de 7,51 mil toneladas/dia, crescendo a perspectiva de que se atinja as 150 mil toneladas embarcadas neste mês.
Segundo o analista de mercado Fernando Iglesias, a semana começa com uma movimentação diferente, com um pouco mais de folga nas escalas de abate. “Vemos um mercado um pouco mais confortável, dando essa folga para os frigoríficos pagarem um pouco menos’. ,
Enquanto isso, o pecuarista aqui no Brasil tenta se equilibrar com os custos da produção. “São custos bastante elevados, principalmente da nutrição, isso tem um impacto muito grande. Nessa curva futura do contrato em outubro, talvez não tenha um estímulo tão grande para confinamento”.
Apesar de todos os cenários, o boi padrão china continua muito demandado. “Temos negociação a R$ 320, mas na semana passada batemos R$ 325. Continua muito demandado”.
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A restrição de oferta de animais terminados neste período de entressafra e o fraco consumo de carne bovina no mercado interno criam o cenário de lentidão nos negócios, ressalta a IHS.
O ritmo do mercado atacadista de carne bovina continua sendo ditado pela queda no consumo, cenário comum neste período do mês. Portanto, o preço da carcaça casada segue inalterada desde sexta-feira, mantido a R$ 19,65/kg.