De forma geral, os preços da arroba seguem buscando novas valorizações e os frigoríficos seguem com grandes dificuldades em originar o boi gordo para compor suas escalas!
O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos em algumas importantes praças pecuárias pelo país nesta terça-feira, 21, seguindo a trajetória da semana. Com grande lacuna na oferta de animais para abate, o que mantém as escalas encurtadas e, por isso, as indústrias continuam a ofertar mais para tentar estimular as negociações . A expectativa é que haja continuidade deste movimento no curto prazo.
Segundo os levantamentos realizados, de forma geral os frigoríficos sabem que, este ano, o primeiro giro do confinamento foi praticamente inviabilizado pelo altos custos dos componentes utilizados na ração, sobretudo o milho. Dessa forma, o mercado do boi gordo deve continuar vendo os preços subindo ao longo do segundo semestre!
Com as escalas encurtando por causa da oferta enxuta e o bom ritmo da exportação de carne bovina, as indústrias abriram o dia ofertando R$3,00/@ a mais para todas as categorias na comparação feita dia a dia.
Tal fator tem contribuído para o fortalecimento nos preços da arroba, que tendem a subir ainda mais nos próximos meses, puxados pelo avanço do período seco e, consequentemente, pela baixa oferta de animais terminados a pasto.
Ainda segundo a Scot Consultoria, o seu levantamento diário fechou o dia 21, a referência para o boi gordo está em R$306,00/@, para a vaca gorda R$278,00/@ e para a novilha gorda R$299,00/@, preços brutos e a prazo.
Bovinos com até quatro dentes, com destino ao mercado chinês, estão sendo negociados por R$320,00/@. Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de Sandovalina, interior de São Paulo, informou negociação de R$ 325,00/@ com o pagamento a prazo de 8 dias e abate para o dia 25 de junho.
Já o Indicador do Boi Gordo Cepea, no fechamento de ontem teve um leve recuo de 0,68%, na comparação diária. Sendo assim, os preços que estavam no patamar de R$ 323,60/@ fechou em R$ 321,40/@. Ainda assim, os preços seguem firmes acima de R$ 320,00/@. Já o preço da arroba em dólar, ficou em US$ 62,40/@.
“O desempenho das exportações brasileiras de carne bovina permanece muito positivo. O destaque fica para as receitas obtidas até o momento. Essa é a grande justificativa para o comportamento dos frigoríficos habilitados a exportar para a China, mantendo ágio de até R$ 30 em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, destacou Iglesias.
“A oferta de boiada terminada em pasto já está praticamente exaurida e os poucos lotes de animais comprados são oriundos de confinamento”, observa a IHS.
A Agrifatto, no seu relatório diário, que no mercado futuro na B3, o futuro com vencimento para jun/22 enfrentou uma variação diária de -0,03%, ficando cotado à R$ 324,05/@.
Exportação de carne bovina
Até a terceira semana de junho, foram exportadas 97,94 mil toneladas de carne bovina in natura. O volume médio diário embarcado (8,16 mil toneladas) aumentou 22,2% frente à média de junho/21 (6,68 mil toneladas). A receita média diária até o momento está em US$55,8 milhões, 61,3% maior frente à receita diária no mesmo período em junho/21.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil, segundo Agência Safras
- Em São Paulo (SP) a referência para a arroba do boi ficou em R$ 319.
- Em Dourados (MS) a arroba continuou indicada em R$ 299.
- Em Cuiabá (MT), a arroba do boi aumentou R$1, ficando em R$ 282.
- Em Uberaba (MG), preços permaneceram a R$ 310 por arroba.
- Em Goiânia (GO) a indicação foi de R$ 305 para a arroba do boi gordo.
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Mercado do Atacado, segundo Agência Safras
O mercado atacadista do boi voltou a apresentar preços mais altos.
De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no restante do mês. Somado a isto há também uma reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. O quarto traseiro do boi continuou precificado a R$ 22,50 por quilo.
Já a cotação do quarto dianteiro do boi teve alta de R$ 0,60 em R$ 17,20. Por fim, o preço da ponta de agulha também teve alta, ficando em R$ 17,00 por quilo.