As indústrias não conseguiram pressionar para baixo os preços da arroba, mesmo com escalas confortáveis, o que trouxe um grande otimismo ao mercado!
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira, 13, mesmo com uma grande pressão das indústrias ofertando preços abaixo da referência, porém sem sucesso. Os preços se acomodaram, enquanto o ambiente de negócios pouco mudou, mas a oferta restrita de animais que começa a chegar as praças pode impulsionar uma nova alta nas cotações!
“As programações de abate mais tranquilas sustentaram os preços do boi gordo e da vaca gorda sem a necessidade de ofertas de compra acima da referência”, acrescenta a Scot Consultoria, referindo-se ao comportamento do mercado de São Paulo, principal referência de negócios para outras regiões brasileiros de pecuária.
Ainda segundo a Scot Consultoria, a cotação da novilha gorda caiu R$1,00/@ no comparativo diário, com uma menor demanda pelos compradores para a categoria. Desta forma, boi, vaca e novilhas gordos estão cotados a R$317,00/@, R$293,00/@ e R$311,00/@ respectivamente, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 314,17/@, na sexta-feira (13/08), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 303,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,75/@.
O Indicador do Cepea apresentou grande valorização no fechamento de ontem e os valores saltaram de R$ 314,30/@ para o patamar de R$ 317,35/@, uma alta de 3,08% na comparação diária. O indicador parece ter se estabilizado, seguindo a mesma tendência das demais consultorias!
Segundo a IHS, os relatos de escassez de ofertas de boiadas gordas crescem no mercado nacional conforme os primeiros lotes provenientes dos confinamentos são absorvidos pelos compradores. O abate excessivo de fêmeas registrado no passado recente explica, em parte, o atual quadro de escassez de boiadas no País. Esse fator pode trazer uma melhora nos preços da arroba na lacuna entre primeiro e segundo giro do confinamento.
Escalas de abate em “equilíbrio”
Apesar do avanço da estação seca e a redução das pastagens os frigoríficos não encontram dificuldades em manter as programações de abate em um nível confortável, a média nacional continua em 9 dias úteis. Veja:
- Em São Paulo, as indústrias observaram suas programações avançarem em média em 2 dias úteis em comparação a sexta-feira passada;
- As indústrias goianas mantiveram-se estáveis em suas programações de abate, a média do estado continua em 10 dias úteis.
- Já os frigoríficos dos estados de Tocantins e Mato Grosso do Sul, conseguiram manter planejados os abates para os próximo 8 dias úteis;
- As indústrias de Mato Grosso e Minas Gerais encerram a semana com 7 dias úteis programados nas suas escalas, ambos recuaram no comparativo semanal;
Para o último trimestre, a demanda de carne bovina será fundamental para o boi gordo estabelecer novos pontos de máxima, com importante limitação do consumo doméstico em torno da incapacidade do brasileiro médio em absorver novos reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis (carne de frango). “Em relação à demanda externa, o fator a ser considerado é o comportamento da China no mercado internacional durante o período”, disse o analista.
No segundo trimestre de 2021 (abr-jun), os abates de bovinos alcançaram 7,07 milhões de cabeças no País, com recuo de 4,5% frente ao resultado computado no mesmo período de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Consumo interno e exportação
Além disso, diz a consultoria, a procura pela proteína brasileira no mercado internacional surpreendeu positivamente neste mês, apesar do aumento sazonal das exportações no segundo semestre do ano já ser esperado pelos agentes do setor.
Na primeira semana de agosto, o volume embarcado alcançou 57,7 mil de toneladas, com uma média diária de 11,5 mil toneladas/dia, avanço de 48,6% em relação à média de agosto/20 e 53,1% superior à média diária registrado em julho/21, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 314.
- Em Cuiabá, o valor pago foi de R$ 308, estável.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 314 a arroba.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais baixos. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Importante destacar que a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, algo bastante compreensível na atual conjuntura econômica”, disse Iglesias.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 17 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,90 por quilo, queda de dez centavos.