Arroba fecha a semana cotada em R$ 200, confira!

A boa disponibilidade de massa verde na maior parte das regiões pecuárias dá suporte para a manutenção dos animais no pasto, maior valor foi em São Paulo, com arroba em R$ 200, veja!

Nesta sexta-feira, o mercado físico do boi gordo seguiu a mesma tendência observada durante a semana, ou seja, um dia marcado pelo baixo volume de negócios e por uma arroba enfraquecida. Em São Paulo, a cotação chegou a R$ 200/@ na última sexta-feira, lembrando que esse valor é para pagamento em 30 dias. Confira as demais praças!

“Mais uma vez, a preocupação em relação à demanda futura por carne bovina brasileira, em decorrência das medidas sanitárias adotadas para combater a propagação do COVID-19, manteve a maior parte dos frigoríficos fora das compras”, relata a Informa Economics FNP. 

Segundo o app da Agrobrazil, existe uma menor número de negociações concretizadas pelo país. A média para o estado de São Paulo, teve uma alta de 4,42%, ficando cotada em R$ 192,91/@. Entretanto, pecuaristas de Londrina/PR, fizeram vendas de R$ 195/@ com pagamento em 15 dias e abate para o dia 23 de março. Já em Iacanga/SP, ficou em R$ 195 com pagamento à vista e abate em 24 de março.

Mesmo com escalas de abate curtas, as indústrias optaram por não adquirir lotes maiores de gado pronto para abate, informa consultoria.

Na outra ponta da cadeia, os pecuaristas ainda resistem a  pressão baixista, restringindo a oferta de boiada gorda. “A boa disponibilidade de massa verde na maior parte das regiões pecuárias dá suporte para a manutenção dos animais no pasto”, acrescenta a FNP.

Movimento regional – No Mato Grosso do Sul, o preço da boiada gorda caiu nesta sexta-feira, de acordo com dados da FNP. Os ajustes negativos, afirma a consultoria, se devem a operação de plantas frigoríficas da região, que preencheram suas escalas de abate da próxima semana e diminuíram o ritmo de compras.

Em Goiás, os cotações também recuaram nesta sexta-feira. Os poucos negócios, efetivados por frigoríficos menores, foram feitos a valores mais baixos, de acordo com a FNP.

No Triângulo Mineiro, as indústrias também conseguiram emplacar negócios a níveis mais baixos para a compra de boiada gorda.

Nas praças do Mato Grosso e de São Paulo, os preços seguiram lateralizados, porém dão sinais de firmeza, segundo a consultoria. Nas duas regiões, os frigoríficos operam com bastante cautela em função das incertezas no escoamento de carne bovina.

Na Bahia, a oferta reduzida para compras de gado também contribuiu para uma desvalorização da arroba da boiada gorda. No Rio Grande do Sul, as indústrias oferecem valores mais baixos para a compra de fêmeas, normalmente utilizadas para suprir a demanda interna de cortes bovinos, relata a FNP.

Acompanhe aqui as cotações desta sexta-feira do boi gordo, nas principais regiões do Brasil, de acordo com dados da FNP:

  • SP-Noroeste: R$ 200/@ a (prazo)
  • MS-Dourados: R$ 184/@ (à vista)
  • MS-C. Grande: R$ 186/@ (prazo)
  • MS-Três Lagoas: R$ 186/@ (prazo)
  • MT-Cáceres: R$ 172/@ (prazo)
  • MT-Tangará: R$ 172/@ (prazo)
  • MT-B. Garças: R$ 172/@ (prazo)
  • MT-Cuiabá: R$ 170/@ (à vista)
  • MT-Colíder: R$ 167/@ (à vista)
  • GO-Goiânia: R$ 177/@ (prazo)
  • GO-Sul: R$ 177/@ (prazo)
  • PR-Maringá: R$ 192/@ (à vista)
  • MG-Triângulo: R$ 185/@ (prazo)
  • MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)
  • BA-F. Santana: R$ 187/@ (à vista)
  • RS-P.Alegre: R$ 194/@ (à vista)
  • RS-Fronteira: R$ 192/@ (à vista)
  • PA-Marabá: R$ 187/@ (prazo)
  • PA-Redenção: R$ 182/@ (à vista)
  • PA-Paragominas: R$ 187/@ (prazo)
  • TO-Araguaína: R$ 179/@ (prazo)
  • TO-Gurupi: R$ 177/@ (à vista)
  • RO-Cacoal: R$ 164/@ (à vista)
  • RJ-Campos: R$ 182/@ (prazo)
  • MA-Açailândia: R$ 182/@ (à vista)

Em MT as negociações com o boi gordo estão travadas depois que frigoríficos decidiram baixar em R$ 25 a oferta pela @

Na região de Cáceres/MT,  as negociações no mercado do boi gordo estão travadas em função das indústrias frigoríficas terem reduzidos o valor ofertado em R$ 25,00/@. Por conta da disseminação do coronavírus, algumas indústrias já anunciaram a suspensão dos abates a partir do dia 29/03.

O Vice-Presidente do Sindicato Rural da localidade, Ricardo Castella Cardoso, a semana foi marcada por uma pressão negativa nos preços da arroba. “Nós estávamos registrando patamares bons de preços, mas na última sexta-feira ocorreu ofertas de compras em R$ 195,00/@ a R$ 198,00,00/@ e nesta segunda-feira os valores foram de R$ 168,00/@ a R$ 170,00/@”, comenta. 

Com as ofertas de preços atuais dos frigoríficos, os pecuaristas não se sentem estimulados a realizar novos negócios. “Os parceiros que conversamos falam que não vão entregar animais nestes valores já que não remunera os custos de produção”, relata. 

A localidade conta com oito frigoríficos, mas apenas uma unidade da Minerva em Mirassol/MT que vai suspender as programações de abate. “As plantas que vão continuar operando contam com escalas de abate em torno de cinco dias, mas com animais comprados com os preços antigos”, aponta. 

Com relação aos pastos, a liderança ressalta que as chuvas estavam abundantes no mês de fevereiro e as precipitações voltaram nesta quinta-feira. “Nós estamos sendo abençoados e as previsões climáticas indicam que deve continuar chovendo. Isso vai nos ajudar a manter os animais nos pastos por mais tempo”, diz Castella.

Compre Rural com informações da FNP, Portal DBO, Agrobrazil e Notícias Agrícolas

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