Os frigoríficos, principalmente os de maior porte, já estão com suas escalas de abate fechadas para este final de ano e atuam de maneira discreta nas negociações.
O mercado físico do boi gordo teve preços mistos nesta quinta-feira. “O mercado teve um dia volátil, ainda tentando encontrar um ponto de equilíbrio”, comenta o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.
Segundo ele, o volume de oferta de animais terminados segue caindo, mas não há uma grande força compradora no mercado neste momento. “Os frigoríficos, principalmente os de maior porte, já estão com suas escalas de abate fechadas para este final de ano e atuam de maneira discreta nas negociações. Alguns frigoríficos de menor porte contam com escalas entre 3 e 4 dias úteis. A expectativa gira agora em torno das negociações no início de 2020, onde a oferta ainda tende a ser restrita”, assinalou.
Arroba pelo Brasil
- Em São Paulo, preços a R$ 200 a arroba, estáveis.
- Em Minas Gerais, preços de R$ 192 a arroba, ante R$ 191 a arroba ontem.
- Em Mato Grosso do Sul, preços em R$ 188 a arroba, estáveis.
- Em Goiás, o preço permaneceu em R$ 188 a arroba em Goiânia.
- Em Mato Grosso o preço ficou em R$ 181 a arroba, ante R$ 182 a arroba, em Cuiabá.
E o que diz a Scot Consultoria?
Na média de todas as praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, a retração no preço da arroba do boi gordo foi de 0,1% na última quinta-feira (19/12) na comparação dia a dia, considerando o preço à vista.
Os frigoríficos começam a reduzir o ritmo nessa reta de final do ano e a ausência dos pecuaristas nos balcões de negócios deixa o mercado do boi gordo mais calmo.
Em Minas Gerais e em Mato Grosso houve recuos de 2,1% e 1,0%, respectivamente, na comparação dia a dia. A cotação caiu em mais outras duas regiões.
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Por outro lado, a dificuldade em alongar as escalas de abate fez com que as indústrias ofertassem preços maiores no Rio Grande do Sul e Bahia.
Atacado
No atacado, os preços da carne bovina ficaram estáveis. “O ritmo de negócios entre atacado e varejo continua perdendo força, indicando que as redes varejistas já estão preparadas para atender a demanda das festividades.
A perspectiva é que a movimentação no varejo seja aquecida no curto prazo, com a entrada do décimo terceiro e bonificações na economia” disse Maia.
O corte traseiro teve preço de R$ 15,80 por quilo. A ponta de agulha seguiu em R$ 11,10 por quilo, mesmo preço do corte dianteiro.
Fonte: Agência Safras e Scot Consultoria