Os preços do boi gordo estão de olho no dólar e exportação, enquanto o mercado interno segue na expectativa de início de mês; Veja agora onde vão os preços!
Ao longo da última semana, o mercado físico do boi gordo registrou uma nova disparada no valor da arroba, tanto que na sexta-feira, 9 de abril, o dia foi marcado por um novo recorde de preços. O mercado ainda segue sendo tangido pelo baixo volume de animais disponíveis para abate e maiores volumes sendo registrados na exportação.
Mesmo com a aproximação do período de seca, quando normalmente há uma desova de boiadas gordas nas praças pecuárias, o cenário deve perpetuar ao longo deste ano, tendo em vista que o volume de animais para reposição foi escasso nos últimos anos e a retenção de fêmeas atingiu nível recorde neste ano.
Fechamento da semana
A depressão na oferta de boiadas continua ditando o ritmo do mercado. Segundo a Scot Consultoria, a cotação da vaca e da novilha gordas para abate subiu R$1,00/@, negociadas em R$291,00/@ e R$306,00/@, respectivamente, também nas mesmas condições.
Temos observado que, para os animais mais jovens, que são destinados à exportação, a referência está variando entre R$320,00/@, preço bruto e à vista, mas já ocorre bom volume de negócios em R$325,00/@, também nas mesmas condições.
Segundo o Cepea, o Indicador do Boi, a cotação bateu novo recorde histórico e variou 0,82% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,80 para R$ 319,40 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 20%. Em 12 meses, os preços alcançaram 59% de valorização.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 319,05@, na quinta-feira (08/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,61/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 302,05/@.
Indústrias seguem na tentativa de alongar suas escalas ??
Semana sem grandes novidades no mercado de boi gordo. Algumas plantas ainda mantiveram suas atividades suspensas e, aquelas que retomaram suas atividades, encontram dificuldade em preencher seus cronogramas de abate, além disso, negociações só são realizadas com valores mais atrativos aos produtores.
- Em São Paulo e Mato Grosso, as indústrias fecharam a semana com 5,0 dias úteis.
- Destaque para a região goiana, que encerrou a sexta-feira com 6,0 dias úteis.
- Em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, a semana encerrou com 3,0 e 4,0 dias úteis, respectivamente.
Cenário favorável para novas altas
“No geral os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas. Em relação a demanda, persiste o otimismo com a reposição em meio a uma nova rodada do auxílio emergencial. Além disso, precisa ser mencionado o processo de reabertura em São Paulo, que pode melhorar o consumo de cortes nobres bovinos com medidas menos restritivas de funcionamento para restaurantes, permitindo a modalidade Take Away”, diz Iglesias.
Os pecuaristas tentam segurar ao máximo os seus bois nas fazendas, na tentativa de fechar bons negócios, e não amargurar prejuízos na relação de troca com animais de reposição e alimentos utilizados para a nutrição bovina, cujos preços dispararam acima das valorizações da arroba do animal terminado.
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Paralelamente, continua a Scot, a tendência é que aumente a oferta de gado, com a chegada da seca. Porém, diz a consultoria, pelo movimento de retenção de fêmeas, não é provável que este final de safra de boiadas alimentadas a pasto não seja dos mais ofertados.
Diante desses cenários, qualquer melhora no consumo doméstico pode representar melhora na margem e frigoríficos precisando pagar mais para garantir a matéria-prima. Podemos sim, ao longo da semana, verificar negociações pontuais por volta de R$ 330,00/@.