Além disso, segundo a consultoria, animais que atendem padrão de exportação para a China valem de R$ 10 a R$ 12 mais do que os voltados ao mercado interno.
Os preços do boi gordo voltaram a subir na maioria das regiões de produção e comercialização nesta sexta-feira, 26. Segundo o analista da Safras Fernando Henrique Iglesias, a disputa por animais que cumprem os requisitos para exportação ao mercado chinês segue muito acirrada, podendo ser negociados entre R$ 10 e R$ 12 acima dos animais destinados ao mercado doméstico.
“Esse é o grande elemento de sustentação para o mercado brasileiro em 2020, o apetite chinês leva ao melhor primeiro semestre da história em termos de embarques de carne bovina. Outro elemento que não pode ser esquecido é a restrição de oferta neste início de entressafra, dificultando o alongamento das escalas de abate para os frigoríficos”, afirma.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista passaram de R$ 214 para R$ 217 por arroba. Em Uberaba (MG), permaneceram em R$ 209 por arroba, estáveis. Em Dourados (MS), subiram de R$ 205 para R$ 206. Em Goiânia (GO), foram de R$ 208 para R$ 209. Já em Cuiabá (MT), o preço subiu de R$ 187 para R$ 188 por arroba.
Scot Consultoria
A pressão positiva sobre a arroba continua. Na praça paulista, a oferta limitada de animais terminados, eas escalas enxutas, em média paratrês dias úteis, fez com que os preços disparassem. Na comparação feita dia a dia a arroba do boi gordo subiu 2,3% e está cotada em R$220,00, bruto e a prazo, R$219,50, livre de Senar, a prazo, e em R$216,50, descontados os impostos (Senar e Funrural).
Para a vaca gorda e novilha gorda as cotações subiram 1,5% e 1,0%, respectivamente. Negócios com bovinos de até quatro dentes estão firmes em R$220,00/@, bruto à vista.
Em Goiás
Embora sexta-feira seja tipicamente de baixa liquidez no mercado físico, em função das escalas de abate curtíssimas, os frigoríficos das duas regiões goianas monitoradas pela Scot Consultoria, Goiânia e Sul do estado,abriram os negócios ofertando R$5,00/@ a mais, nas duas praças, para completarem as programações de abate da próxima semana.
Curto prazo
O cenário geral é de programações de abate enxutas, e a oferta ditando o rumo do mercado.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes, com ênfase na primeira quinzena de julho, período que conta com maior apelo ao consumo. “O relaxamento da quarentena em São Paulo segue como elemento relevante para o mercado neste momento, mesmo com a demanda ainda enfraquecida com os efeitos da paralisação forçada da atividade econômica”, diz.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,85 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 12,55 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 13,75 o quilo.
Fonte: Agência Safras e Scot Consultoria