Depois da grande pressão baixista dos frigoríficos, produtores ditam o preço e arroba sobe até R$ 20, fecha o mês em R$ 203,15, e mantém cenário favorável!
Os frigoríficos chegaram a tentar uma pressão de queda no preço da arroba, em 18 de março o mercado foi aberto com valores bem abaixo da referência, o resultado disso foi o menor número de negócios concretizados dos últimos meses. Diante disso, a pressão da lei de oferta e demanda, fez com que os frigoríficos voltassem atrás e o preço da arroba viu novamente os horizontes da valorização, fechando o mês com uma alta de até R$ 20/@, segundo o Cepea o mês fechou com um valor de R$ 203,15.
Na última terça-feira (31/3), em São Paulo, na comparação dia a dia, a cotação do boi gordo na praça paulista ficou estável. A oferta de R$200,00/@, à vista, fez com que os pecuaristas aumentassem o volume de gado ofertado, sendo a média para o estado de São Paulo, segundo o app da Agrobrazil, foi de R$ 202,11, uma alta de 2,03%.
Depois de ofertar R$ 180/@ e ficar sem boi para abate, frigoríficos voltam a ofertar R$ 200/@ e cenário é favorável!
Segundo o app da Agrobrazil, os pecuaristas de Novo Planalto/GO, tem informado negócios de R$ 190/@ à vista e abate para o dia 07 de abril. Já em Catanduva/SP, o valor é de R$ 200/@ com pagamento em 30 dias e abate para o dia 07 de abril. Já em Brasilândia/MS, pecuaristas informaram negócios de R$ 192/@, com 30 dias para pagamento e abate para o dia 06 de abril, um aumento de R$ 20 frente as cotações do dia 18 de março.
O que chamou atenção, é a valorização do animal padrão China. Ontem o app registrou nova máxima para o Boi China, pecuarista de Pompéia/SP, registrou as vendas de R$ 206/@ à vista e abate para o dia 08 de abril. Confira abaixo o gráfico com a distribuição dos preços ontem, 31, em São Paulo.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, avalia que a dificuldade na aquisição de boiadas na semana passada resultou agora em uma estratégia mais agressiva por parte dos grandes frigoríficos.
Segundo Safras&Mercados
- Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 202 a arroba, ante R$ 201 a arroba ontem.
- Em Uberaba, Minas Gerais, os preços subiram de R$ 196 a arroba para R$ 197 a arroba.
- Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 191 a arroba, contra R$ 189.
- Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 190 a arroba, estável.
- Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço seguiu R$ 177 por arroba.
Expectativas
“Porém, ainda pairam dúvidas em relação ao comportamento da demanda de carne bovina, preocupação natural dada a pandemia do coronavírus e suas implicações sobre os hábitos de consumo da população”, disse Iglesias.
Embora ainda seja cedo para prognósticos de curto prazo, já se nota uma redução nas vendas dos cortes mais nobres, consequência direta do fechamento de redes de restaurantes e lanchonetes. Ao mesmo tempo, os grandes frigoríficos sinalizam para uma redução na produção no médio prazo, conforme os desdobramentos do confinamento, o que serviu para deixar o mercado em estado de alerta
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“A China, principal destino da carne brasileira, vem sinalizando uma recuperação da atividade no país, resultado favorável para o nível de exportações do produto, o que contribuiu para a alta nos preços no Estado”, justificou a FNP.
As escalas de abate estão curtas, e, apesar das incertezas do consumo de carne na primeira quinzena de abril em função da quarentena, a injeção de capital com o pagamento dos salários poderá provocar a necessidade das indústrias em manter o fluxo de compras e manter o mercado firme.