Os frigoríficos de maior porte ainda desfrutam de um maior conforto em suas escalas de abate, atuando de maneira tímida na compra de gado.
O mercado físico do boi gordo teve preços de estáveis a altos nesta sexta-feira. “Os frigoríficos de menor porte acabaram negociando boi gordo em patamar mais elevado”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a pecuária de corte ainda aguarda por um ponto de acomodação, com a volatilidade sendo marcante nesse último bimestre do ano. “Os frigoríficos de maior porte ainda desfrutam de um maior conforto em suas escalas de abate, atuando de maneira tímida na compra de gado. Algumas unidades seguem o planejamento de oferecer férias coletivas nesse período do ano”, assinalou.
Em São Paulo, a arroba subiu de R$ 196 para R$ 198. Em Minas Gerais, preços de R$ 191,00 a arroba, inalterados. Em Mato Grosso do Sul, preços em R$ 189,00 a arroba, estáveis. Em Goiás, o preço permaneceu em R$ 190,00. Já em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 184,00 a arroba, sem alterações.
Atacado
No atacado, os preços da carne bovina seguem estáveis. “A tendência de curto prazo ainda remete a alguma correção dos preços, dada a dificuldade do consumidor final em absorver tantos reajustes da carne bovina. Por sua vez, esse movimento contribuiu para que as proteínas concorrentes também alcançassem patamares recordes nessa época do ano” disse Iglesias.
O corte traseiro teve preço de R$ 16,95 por quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,90 por quilo, enquanto o corte dianteiro seguiu em R$ 12,00 por quilo.
Expectativas para o boi gordo até janeiro de 2020
Cenário de pressão de baixa por parte dos frigoríficos que seguem buscando um novo patamar de preços. As indústrias com as programações de abate alongadas têm testado o mercado com mais intensidade. Janeiro sazonalmente é de consumo mais fraco, mas os preços devem permanecer firmes.