Arroba do boi gordo se mantém firme no início da semana; veja cotação

A expectativa de curto prazo remete à continuidade do movimento de alta, considerando a lentidão do mercado durante a última semana de 2024 e a primeira de 2025, o que resultou no encurtamento das escalas de abate

O preço do boi gordo se manteve firme na maior parte das praças pecuárias brasileiras. Segundo a Consultoria Agrifatto, o destaque se mantém na praça paraense, que registrou variação positiva de 1,57% ante o dia anterior e encerrou o dia a R$ 289,94/@.

Logo após o Pará, o estado de Minas Gerais é o que apresentou o maior impulso (0,78%) no dia e o boi gordo ficou cotado a R$ 310,12/@. Na B3, os contratos registraram avanços, com destaque para abr/25 com variação de 0,43% e cotado a R$ 324,65/@.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as indústrias ainda encontram dificuldade na composição das suas escalas de abate. Com maior urgência na compra de gado, há natural propensão a reajustes.

As exportações devem se manter em bom ritmo na atual temporada e são um elemento importante para sustentação dos preços. “O pecuarista se depara com boas condições do pasto neste início de temporada, permitindo uma melhor cadência das negociações”, comenta.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a expectativa de curto prazo remete à continuidade do movimento de alta, considerando a lentidão do mercado durante a última semana de 2024 e a primeira de 2025, o que resultou no encurtamento das escalas de abate.

“Vale destacar que o pecuarista conta com maior capacidade de retenção neste período do ano, considerando a boa condição das pastagens, permitindo uma maior cadência do ritmo de negócios”, comenta. Iglesias avalia ainda que a demanda doméstica está deprimida.

Confira preços médios da arroba de boi gordo

  • São Paulo: R$ 325,25
  • Minas Gerais: R$ 311,47
  • Goiás: R$ 311,43
  • Mato Grosso do Sul: R$ 318,30
  • Mato Grosso: R$ 304,80

No atacado paulista, o mês passado se encerrou com o boi castrado apresentando decréscimo de 0,80% no comparativo mensal e se estabeleceu a R$ 22,51/kg. Apesar da queda na carcaça, o traseiro bovino apresentou um aumento de 3,97% e se estabeleceu em R$ 27,10/kg, fortalecido pelo consumo de cortes do traseiro de final de ano. O frango resfriado foi a única proteína que terminou o ano com variação mensal positiva de 3,95%.

indicador do boi gordo - bolsa de valores brasileira b3
Foto Montagem

O que o futuro da arroba do boi gordo reserva para 2025?

O mercado brasileiro de boi gordo deve passar por mudanças consistentes ao longo de 2025. Para o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, um dos pontos de atenção leva em conta a inversão do ciclo pecuário.

Assim, é prevista uma menor disponibilidade das categorias de animais mais jovens, levando a um aumento contundente na reposição. “O custo da recria e da engorda de gado tendem a aumentar, exigindo cada vez mais estratégias por parte do pecuarista”.

De acordo com o analista, o bom relacionamento construído com os principais parceiros comerciais do Brasil ao longo dos últimos anos é uma variável importante a ser considerada, uma vez que outros países ocidentais e a Austrália têm adotado uma postura mais agressiva em relação aos produtos manufaturados chineses.

“Com isso, o aumento de eventuais tensões comerciais tende a beneficiar o Brasil, que construiu uma sólida relação diplomática/comercial com a China“, sinaliza.

Iglesias afirma que as exportações devem se tornar cada vez mais atrativas ao Brasil, considerando a atual movimentação cambial, acima da linha dos R$ 6,15/dólar, o que torna os produtos ainda mais competitivos no ambiente internacional.

Com informações da Consultoria Agrifatto e Safras & Mercado

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