Nessa quarta-feira, 6, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 (São Paulo) fechou a R$ 177,45, alta de 6% frente à quarta-feira anterior, 30 de outubro. Confira as cotações da arroba do boi!
O bom desempenho das exportações mantém aquecida a demanda doméstica por novos lotes de animais para abate. A oferta, no entanto, segue limitada. Nesse cenário, os preços da arroba apresentam movimento de alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Nessa quarta-feira, 6, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 (São Paulo) fechou a R$ 177,45, alta de 6% frente à quarta-feira anterior, 30 de outubro.
Esse é o maior valor nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1994. Em termos reais, no entanto, trata-se do maior patamar desde abril de 2016, quando a média mensal do Indicador foi de R$ 182,00 (valores foram deflacionados pelo IGP-DI) – ressalta-se que o maior patamar real do Indicador, de R$ 190,84, foi registrado em abril de 2015.
No mercado atacadista de carne da Grande São Paulo, os preços também estão em alta e se aproximam dos recordes reais da série.
Agentes colaboradores do Cepea relatam que, além do volume expressivo de carne exportada, este período é caracterizado por maior procura doméstica, devido à proximidade das festividades de final de ano.
Quanto aos embarques brasileiros de carne bovina in natura, somaram 160,09 mil toneladas em outubro, o maior volume já exportado pelo Brasil num único mês, segundo dados da Secex. Esse cenário e o dólar elevado resultaram em receita também recorde, de quase R$ 3 bilhões.
Segundo analista, no interior de São Paulo, a arroba chegou a ser comercializada por R$ 181, batendo recorde deste mesmo ano, que era de R$ 180; confira as cotações.
O mercado físico do boi gordo segue com preços em forte alta nas principais praças de produção e comercialização do país. “A conjuntura do mercado pouco mudou, com uma notável combinação de restrição de oferta e aquecimento da demanda, culminando no ápice dos preços internos desde a criação do Plano Real”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, no interior de São Paulo, a arroba chegou a ser comercializada por R$ 181, batendo recorde deste mesmo ano, que era de R$ 180. Para ele, a oferta de animais de terminados seguirá restrita, ao menos até meados do primeiro trimestre de 2020.
“Com isso, os operadores do mercado aguardam por altas ainda mais consistentes no decorrer do último bimestre de 2019”, assinalou.
Em São Paulo, a médias dos preços passaram de R$ 175,00 a arroba para R$ 176,00 a arroba. Em Minas Gerais, preços de R$ 170,00 a arroba, contra R$ 168,00 a arroba ontem.
No Mato Grosso do Sul, os preços subiram de R$ 165,00 a arroba para R$ 167,00 a arroba. Em Goiás, o preço disparou de R$ 160,00 a arroba para R$ 166,00 a arroba em Goiânia. Já no Mato Grosso o preço subiu de R$ 156,00 a arroba para R$ 157,00 a arroba.
Atacado
No atacado, os preços da carne bovina ficaram estáveis. “A tendência de curto prazo é de continuidade do movimento de alta, em linha com o aquecimento da demanda durante o último bimestre. O viés é acentuado pelo encurtamento das escalas de abate de boi gordo, fazendo com que os frigoríficos encontrem dificuldade na formação de seus estoques”, disse Iglesias.
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O corte traseiro teve preço de R$ 14 por quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 9,30 por quilo, enquanto o corte dianteiro seguiu em em R$ 9,40 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 2,2%, sendo negociado a R$ 4,0810 para venda e a R$ 4,079 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,9780 e a máxima de R$ 4,09.
Fonte: Cepea/ Agências