Oferta restrita dita o rumo dos preços no mercado de reposição, a categoria está dando “dor de cabeça” nos pecuaristas que precisam fazer a compra de bezerros. Confira!
O preço do bezerro, assim como a reposição em geral, tem buscado patamares recordes pelo país. Um cenário de grande “dor de cabeça” para o pecuarista que trabalha com a recria-engorda, já que o futuro do mercado segue incerto, apesar da estabilidade no mercado físico. O novo recorde no preço da arroba do bezerro ficou para Mato Grosso do Sul, com bezerras da raça angus saindo por R$ 1800, confira!
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados pesquisados, entre machos e fêmeas anelorados, a valorização foi de 1,5% na última semana no mercado de animais para reposição. Desde o início do ano a alta acumulada é de 5,5%.
Em Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande, pecuaristas estão vendendo os bezerras com uma arroba cotada em R$ 300, para animais de peso médio de 186 kg, para pagamento à vista, lembrando que são bezerras pretas da raça Angus. Esse e outros negócios foram informados no app da Agrobrazil. Qual o limite para as altas na reposição? Qual o cenário para o mercado do boi? Confira tudo no app da Agrobrazil!
O cenário em praticamente todos os estados monitorados é de baixa oferta de animais, o que dá espaço para a ponta vendedora aumentar os preços.
A maior demanda continua sendo pelas categorias mais jovens. Na média do bezerro de ano e desmama anelorados de todas as regiões pesquisadas, a valorização foi de 1,4% frente ao fechamento da semana anterior. Já as categorias mais eradas, na média do boi magro e garrote, os preços subiram 1,3%.
Para as fêmeas, na mesma comparação, a bezerra de ano e de desmama tiveram alta de 1,7%. Para a média da vaca magra e novilha, os preços subiram 1,5%.
Confira as cotações atuais de importantes praças pecuárias com o preços praticados uma semana atrás
Em plena fase de alta do ciclo pecuário, o alto custo de bezerros e garrotes incentiva a retenção de animais no pasto, principalmente vacas, contribuindo para um aumento nos preços da fêmea, de acordo com relatos da Informa Economics FNP.
Além disso, a forte especulação nas negociações de gado magro fez com que os preços dessa categoria disparassem na última semana, preocupando os recriadores e invernistas, que necessitam repor a boiadas nas fazendas de corte.
Veja o comportamento dos preços (pagamento a prazo) no mercado de reposição de animais Nelore no período de uma semana em algumas das principais praças brasileiras, de acordo com dados da FNP:
São Paulo (Noroeste)
Garrote (15-18 meses)
Hoje: R$ 2.655/cabeça
7 dias atrás: R$ 2.550/cabeça
Boi magro (18-26 meses)
Hoje: R$ 2.765/cabeça
Sete dias atrás: R$ 2.555/cabeça
Novilha (15-18 meses)
Hoje: R$ 2.000/cabeça
Sete dias atrás: R$ 1.890/cabeça
Vaca (18-26 meses)
Hoje: R$ 2.150/cabeça
Sete dias atrás: R$ 2.000/cabeça
Campo Grande (MS)
Garrote (15-18 meses)
Hoje: R$ 2.415/cabeça
7 dias atrás: R$ 2.370/cabeça
Boi magro (18-26 meses)
Hoje: R$ 2.625/cabeça
Sete dias atrás: R$ 2.555/cabeça
Novilha (15-18 meses)
Hoje: R$ 1.920/cabeça
Sete dias atrás: R$ 1.850/cabeça
Vaca (18-26 meses)
Hoje: R$ 2.080/cabeça
Sete dias atrás: R$ 1.935/cabeça
Rondonópolis (MT)
Garrote (15-18 meses)
Hoje: R$ 2.450/cabeça
7 dias atrás: R$ 2.310/cabeça
Boi magro (18-26 meses)
Hoje: R$ 2.650/cabeça
Sete dias atrás: R$ 2.555/cabeça
Novilha (15-18 meses)
Hoje: R$ 1.620/cabeça
Sete dias atrás: R$ 1.620/cabeça
Vaca (18-26 meses)
Hoje: R$ 1.850/cabeça
Sete dias atrás: R$ 1.825/cabeça
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Segundo Mauricio Palma Nogueira
Em 2019, alguns pecuaristas venderam bois a preços 25% maiores do que a média nominal dos últimos seis meses, organizando seus sistemas de produção.
Além de conseguirem bons preços de venda, ampliaram o valor e a liquidez do patrimônio, entrando em 2020 com um rebanho estocado maior e com o valor médio de cada animal 21% e 37% acima do valor de 2019 e 2018, respectivamente.
Tal resultado não se deve à sorte, mas sim ao planejamento e resiliência nos momentos mais difíceis.
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