A oferta restrita não permite espaço para um volume grande de negócios no mercado físico do boi gordo e ágio do Boi China segue crescendo ainda mais!
Com isso, a cotação do boi gordo nas praças pecuárias pelo Brasil segue de estável a mais altas nesta terça-feira, 2 de fevereiro. Segundo avaliação do mercado, apesar do mercado interno continuar patinando nas compras da proteína, o mercado externo contínua a elevar sua demanda e traz boas margens para indústria da exportação que já oferta R$ 310,00/@ como referência!
A oferta restrita de animais não permite espaço para um volume grande de negócios no mercado físico do boi gordo, apesar das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros apresentarem prazos apertados. Mercado segue mais favorável ao pecuarista do que a indústria!
Segundo a Scot Consultoria, o boi gordo que atende ao mercado interno é negociado em São Paulo em R$302,00/@, enquanto os negócios envolvendo vaca e novilha gordas ocorrem em R$282,00/@ e R$294,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 302,98/@, na terça-feira (02/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 297,39/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 283,21/@.
Os preços pagos ao chamado Boi China, animais de até 30 meses de idade, possuem um ágio de até R$ 10,00/@, garantindo valores de R$ 310,00/@ para as praças paulistas. Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar forte alta e encerrou o dia cotado a R$ 301,50/@.
Além da oferta restrita, os frigoríficos sofrem com a estagnação do consumo de carne bovina no mercado varejista, motivada por um conjunto de fatores, como as novas medidas de isolamento social e a queda do poder aquisitivo da população, com o aumento da taxa de desemprego.
Enquanto isso, os pecuaristas que já possuem boiadas gordas optam por cadenciar as suas ofertas de venda, valendo-se das boas condições de pasto em algumas regiões do Brasil. “Tal fato colabora para restringir ainda mais a oferta de animais terminados e favorecer ocorrência de negócios fechados a preços mais firmes”, informa a IHS.
Mercado Futuro
A terça-feira encerrou com o preço do boi gordo na B3 atingindo R$ 305,40/@ para março/21. Os contratos com vencimento para maio/21 avançaram 0,49%, ficando cotados a R$ 297,65/@. As movimentações são sustentadas pelo preço do dólar, que estão chegando nos R$ 5,70 e pela volta da demanda chinesa.
Recuperação das exportações
Em fevereiro o Brasil exportou 102,12 mil toneladas de carne bovina in natura, volume 7,64% menor que as 110,58 mil toneladas embarcadas em fevereiro de 2020 (Secex).
Apesar do recuo, cabe destacar que os embarques haviam caído 26,8% até a primeira quinzena de fevereiro. O faturamento foi de US$463,58 milhões, queda de 5,32% frente ao faturamento no mesmo período do ano anterior (US$489,65 milhões).
Apesar do recuo no volume e faturamento, o preço pago por tonelada de carne bovina in natura no mercado internacional melhorou 2,51% no mesmo período, US$ 4.539,30/t, em fev/21, contra US$4.428,10/t em fev/20.
Giro do Boi gordo pelo Brasil
- A arroba do boi gordo foi negociada por R$ 305 em São Paulo;
- Fechou cotada a R$ 295 em Goiás;
- Fechou cotada a R$ 304 em Minas Gerais;
- Fechou cotada a R$ 287 em Mato Grosso do Sul;
- Fechou cotada a R$ 296 em Mato Grosso.
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Atacado
O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços. O ambiente de negócios não é animador. Mesmo durante a primeira quinzena do mês há pouco espaço para reajustes. A carne bovina segue perdendo mercado para a carne de frango, uma proteína mais acessível. Essa premissa será altamente relevante em um ano como o de 2021 que tende a ser pautado por um processo mais lento de recuperação macroeconômica.
O corte traseiro ainda é precificado a R$ 19,30, por quilo. Corte dianteiro ainda é cotado a R$ 15,40, por quilo. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.