Preços da arroba ganham novo fôlego e sobem com mais força; Agora é hora de tomar cuidado com as “escalas fantasmas” e não deixar o boi sair barato!
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira, 29, com uma grande alavancada nas praças paulistas que tiveram um novo recorde de preços para o Indicador do CEPEA. Conforme anunciado pelo Portal, já começaram a ocorrer registros de negócios saindo acima das referências médias, com o mercado mais aquecido sendo o paulista e mineiro.
A oferta restrita de animais para abate ainda é o ponto de principal sustentação das cotações e, de qualquer maneira, a tendência é que os preços continuem subindo em dezembro, mesmo que em menor proporção. Os frigoríficos operam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre três e quatro dias úteis, em média. PECUARISTA, CUIDADO COM AS ESCALAS FANTASMAS E NÃO DEIXEM O BOI SAIR BARATO!
O pecuarista brasileiro tem um novo recorde de preço no Indicador do Boi Gordo/CEPEA, as cotações dessa semana tiveram um fechamento com arroba saltando de R$ 318,10/@ para o valor recorde de R$ 321,80/@. O valor do indicador já acumula uma alta 25,17%, e deve fechar o mês com uma das maiores valorizações do ano. Veja o gráfico!
Segundo o app da Agrobrazil, os preços na praça paulista estão variando de 317,00/@ a R$ 330,00/@. A melhor negociação, informada nesta quarta-feira, ficou para Presidente Bernardes/SP, com preço pago de R$ 330,00/@ na boiada gorda, com pagamento no prazo de 10 dias e abate no dia 06 de dezembro.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 320,95/@, na segunda-feira (29/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 319,16/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 312,45@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ 302,84/@.
Em São Paulo, com as escalas completas para a semana, os compradores avaliaram o mercado nesta manhã e, portanto, poucos negócios foram reportados. Dessa forma, a referência de preço está em R$316,00/@ para o boi gordo, R$295,00/@ para vaca gorda e R$305,00/@ para novilha gorda, preços brutos e a prazo.
A semana inicia com boa fluidez e otimismo no mercado físico do boi gordo. A chegada de dez/21 traz boas expectativas de melhora no ritmo do mercado interno. Enquanto isso, a queda de braços entre produtores e frigoríficos continua, com negócios concretizados nesta segunda-feira ainda tendo como referência nos R$ 330,00/@, mas na busca pelos R$ 335,00/@.
Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para nov/21, encerrou o dia cotado em R$ 318,15/@, sem alterações significativas no comparativo diário.
O mercado doméstico não tem capacidade para absorver patamares tão acentuados de preço da carne bovina no varejo, mantendo a estratégia padrão de migração para proteínas mais acessíveis, como a carne de frango e a carne suína.
Em relação à China, o mercado permanece em compasso de espera, sem notícias acerca da retomada plena das compras de carne bovina brasileira. “É possível que isso aconteça apenas em 2022, caso haja a retomada ainda em dezembro haveria potencial para movimentos mais robustos de alta do boi gordo no Brasil”.
Embargo chinês é jogada comercial, diz produtor
O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Jonatan Pereira Barbosa, disse ao O Progresso que o embargo chinês à carne brasileira não trata-se de restrição sanitária, mas sim de uma jogada comercial. O presidente afirmou que, após a liberação da entrada da carne para contratos assinados até 04 de setembro, o mercado já caminha para a retomada da exportação para novos contratos.
“Não acredito que irá perdurar este tempo de exigência, até porque a China compra a melhor carne do mundo pelo menor preço”, disse o presidente.
Ele afirmou, ainda, que assim como outros Estados, a carne produzida no Mato Grosso do Sul também foi afetada pelo embargo, mas a expectativa é boa para o futuro. Hoje, os Estados com maior produção de carne bovina no Brasil são o Mato Grosso e Pará.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 322 na modalidade à prazo, ante R$ 320.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 317.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 315.
- Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado por R$ 306.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 327 por arroba.
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Atacado
No mercado atacadista de carne bovina, o setor aguarda cautelosamente para avaliar qual será o comportamento de venda no mercado, já que a chegada do último mês do ano se aproxima.
O mercado atacadista registrou preços estáveis. O ambiente de negócios ainda sugere por alta dos preços ao longo da primeira quinzena do mês. “O ápice do consumo doméstico se aproxima e tende a motivar a continuidade do movimento. Entretanto, há limitações. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23 por quilo. A ponta de agulha ainda é cotada a R$ 15,70 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 16 por quilo.
O desafio do cenário atual é ver até que ponto o mercado consumidor interno terá capacidade de absorver a demanda da proteína enquanto a dinâmica das exportações para China segue estagnada.