Os preços da arroba seguem firmes e o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes positivos dos valores no curto prazo; Arroba vai subir mais!
O mercado físico de boi gordo registrou preços elevados e com novas referências nesta quinta-feira, 10. Pautado por um ambiente de negócios que ainda sugere por reajustes dos valores da arroba, a lacuna na oferta de animais para abate tem complicado novamente as escalas de abate dos frigoríficos que, agora, precisam “disputar” a matéria-prima no campo. Preços vão disparar!
Durante a semana, as indústrias frigoríficas brasileiras intensificaram a procura por matéria-prima, estimuladas sobretudo pelo aquecimento dos embarques de carne bovina ao longo deste mês, além disso, foi observado um avanço na demanda interna, comum para o período do mês!
Para garantir as compras e o consequente alongamento das escalas de abate, os frigoríficos paulistas ofertaram preços maiores pelos animais terminados. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na comparação diária, o preço do boi gordo subiu R$1,00/@ e da novilha gorda R$2,00/@. O da vaca gorda ficou estável no estado.
Desta forma, em São Paulo, o boi gordo ficou cotado em R$316,00/@, a vaca gorda em R$294,00/@ e a novilha gorda em R$309,00/@, preços brutos e a prazo. O destaque se volta para animais de até quatro dentes que atendem os requisitos para exportação que ficaram cotados em R$325,00/@, preço bruto e à vista. Confira a imagem abaixo!
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 318,95/@, na quinta-feira (10/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 293,46/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 308,59/@.
O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de alta dos preços e voltou a se aproximar de R$ 320, máxima histórica da série. A cotação variou 0,47% em relação ao dia anterior e passou de R$ 315,85 para R$ 317,35 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,79%. Em 12 meses, os preços alcançaram 53,75% de alta.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram um dia de ligeira recuperação das quedas dos últimos dias e avançaram. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 319,55 para R$ 319,75, do outubro subiu de R$ 330,90 para R$ 331,40 e do novembro, de R$ 331,20 para R$ 332,00 por arroba.
Os exportadores dão preferência pelos machos e novilhas, enquanto as indústrias que atendem exclusivamente o mercado interno buscam aumentar a aquisição de vacas, produto mais barato, observa a IHS.
As escalas de abate seguem bastante distintas entre as regiões do Brasil – no Norte e Nordeste, os prazos são mais confortáveis, ao passo que no restante do País a programação média gira em torno de 5 dias, informa a IHS.
A oferta de animais prontos para abater continua bastante restrita – os poucos lotes que surgem nos balcões de negócios são oriundos dos confinamentos. O problema é que a maior parte dos animais do primeiro giro de engorda intensiva ainda encontra-se em fase de terminação.
Já a expectativa em torno da demanda doméstica de carne bovina se concentra no segundo semestre. Com o avanço da vacinação é aguardada uma retomada mais consistente da atividade econômica, permitindo avanços do consumo.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo, estável.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 302, ante R$ 301.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 309, estável.
- Em Cuiabá, o valor foi de R$ 308, ante R$ 307.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 a arroba, estáveis.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena do mês.
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“A predileção do consumidor médio ainda recai sobre proteínas mais acessíveis, nesse contexto a carne de frango permanece como escolha prioritária. Esse movimento é compreensível dada as circunstâncias macroeconômicas de 2021”, diz Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.