Os frigoríficos seguem ofertando preços mais altos para tentar garantir a matéria-prima, porém o sinal vermelho já esta aceso e é hora de ter alerta!
Os preços do boi gordo voltaram a subir nesta terça-feira, 2, diante da maior disputa das indústrias pela matéria-prima que está escassa neste momento. Segundo o levantamento realizado, foram detectados novos aumentos nos preços da boiada gorda em algumas importantes praças pecuárias. Porém, o momento é de sinal vermelho para as margens da indústria!
Aos poucos, os preços do boi gordo em São Paulo vão rompendo a barreira dos R$ 300/@, mostrando aos frigoríficos compradores que será difícil conter o movimento de alta da arroba, iniciado com força em janeiro, após um dezembro de quedas.
Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo, a oferta restrita e escalas de abate enxutas seguem pressionando os compradores. A arroba do boi gordo teve nova alta de R$ 2,00/@ em relação ao dia anterior. As cotações para a novilha gorda também registraram incremento na mesma intensidade, negociadas em R$ 292,00/@, preço bruto e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 301,50/@, na sexta-feira (02/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 286,33/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 286,21/@.
Ainda segundo o app, os preços na praça paulista estão variando entre R$ 295,00 a R$ 305,00/@ com um baixo volume de animais negociados no dia de ontem. Já o CEPEA, voltou a registrar valorização e fechou o dia cotado a R$ 301,05, sendo esse o maior valor já registrado pelo Indicador.
Neste começo de ano, a escassez de oferta de animais prontos dita o ritmo de alta no mercado, visto que a maior parte das indústrias frigoríficas não consegue evoluir de forma mais consistente a suas escalas de abate, relata a IHS.
A margem operacional dos frigoríficos, deficitária em muitos casos, é um problema recorrente e limita movimentos mais robustos de alta nos preços da arroba do boi
No entanto, a margem operacional dos frigoríficos, deficitária em muitos casos, é um problema recorrente e limita movimentos mais robustos de alta nos preços da arroba do boi, que perdeu força nos últimos dias, inclusive.
Exportações
Segundo a Secretaria do Comércio Exterior, as exportações de carne bovina in natura em janeiro de 2021 registraram um volume de 107,33 mil toneladas, 8,2% menor que os embarques em janeiro de 2020 (116,95 mil toneladas).
Apesar do recuo nos embarques totais, a média diária em janeiro de 2021 (5,37 mil toneladas) foi 0,9% maior que a média diária de janeiro de 2020 (5,32 mil toneladas).
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 301.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 291.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 285.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 298.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, mesmo a entrada dos salários não deve motivar grande reação dos preços da carne bovina, uma vez que esses permanecem em patamar proibitivo.
“A queda dos preços das proteínas concorrentes acentua o processo de migração; o consumidor médio cada vez mais enxerga como interessante o consumo de carne suína e principalmente de carne de frango”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60.