Segundo a consultoria Safras, o cenário continua sendo de oferta restrita e demanda aquecida no mercado interno e para exportação; Confira os preços!
O mercado físico de boi gordo mantém preços firmes nas principais praças de produção e comercialização do país. “A dinâmica das negociações pouco mudou. A oferta segue restrita, dificultando o posicionamento das escalas de abate por parte dos frigoríficos, apesar das indicações de que algumas unidades já contam com a incidência de animais negociados na modalidade a termo, além da utilização de confinamentos para suprir suas necessidades”, diz o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a demanda para a carne bovina vai registrando um ótimo resultado na primeira quinzena de agosto no mercado doméstico, com destaque para as vendas no último final de semana na cidade de São Paulo. “Temos ainda a China, que segue atuando de maneira enfática nas importações”, afirma Iglesias.
Os frigoríficos brasileiros já trabalham com a possibilidade de recebimento dos primeiros lotes de animais terminados em confinamento, o que pode reduziu um pouco o quadro atual de enorme escassez de boiadas prontas.
“Embora a restrição de oferta de animais terminados siga como principal direcionador das cotações, alguns players pesquisados já sinalizam a entrada de carregamentos provindos dos confinamentos para os próximos dias, o que deve promover um ganho liquidez no mercado”, relata a IHS Markit.
Embora se espere um avanço na oferta de gado pronto, o patamar dos preços da arroba deve seguir firme, sem espaço para ajustes negativos, avalia a IHS. Com o avanço da reabertura do comércio e, principalmente, de bares e restaurantes, o consumo doméstico de carne bovina tem se mostrado mais ativo em diversas cidades brasileiras e, ainda que gradualmente, vem retornando aos níveis registrados antes da pandemia de Covid-19, observa a consultoria.
O indicador do Cepea fechou a semana cotado em R$ 226,30/@, uma leve retração em relação ao fechamento do dia anterior. Já a média do app da Agrobrazil, fechou o dia cotado em R$ 227,96/@ com preços variando de R$ 222 a R$ 225/@, na praça de São Paulo.
O mercado segue aquecido na Bahia, onde foram informados negócios de R$ 245/@ com prazo de sete dias para pagamento e abate para o dia 18 de agosto, segundo informado no app da Agrobrazil pelo pecuarista de Santa Maria da Vitória.
Já no boi com destino ao mercado em interno, pecuarista de Buritizeiro/MG, informou negócios de R$ 235/@ com pagamento a vista e abate para o dia 17 de agosto. Preço firme nas demais praças.
Neste contexto, relata a IHS Markit, no curto e médio prazos, a demanda pelo boi gordo deve ficar em níveis elevados, limitando a possibilidade de pressão baixista com a chegada de lotes de boiada oriundos de confinamentos, ressalta a consultoria. “Os lotes terminados nos confinamentos são negociados, na maior parte dos casos, a preços balizados pelo indicador ESALQ/B3, que tem atingido patamares recordes nas últimas semanas”, destaca a consultoria.
Em São Paulo, a arroba oscila na faixa dos R$ 220-225 para o boi comum, destinado ao mercado interno, e R$ 225-230/@ para animais que atendem ao padrão de exportação, de acordo com dados da consultoria Agrifatto.
No atacado brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos ficaram estáveis nesta quarta-feira. O ritmo das vendas de carne tem se mantido ativo, confirmando as expectativas para a primeira quinzena do mês, observa a IHS Markit.
Apesar da lateralidade das cotações, há indícios de possíveis ajustes positivos no curto prazo, prevê a consultoria, acrescentando que algumas indústrias pesquisadas alegaram operar com margens apertadas entre os preços praticados na arroba e na carne. O equivalente físico do boi ficou em R$ 222,70 nesta quarta-feira.
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Giro pelas praças
Ao Norte do País, a arroba da boiada gorda se valorizou nesta quarta-feira nas praças do Tocantins e Rondônia, de acordo com levantamento diário da IHS Markit.
No Pará e na Bahia, apenas cotação da fêmea registrou avanço hoje.
Nas praças da região Centro-Oeste, os preços do boi gordo registraram leves ajustes positivos, sobretudo em Goiás e no Mato Grosso.
Com informações do IHS Markit, Portal DBO, Agência Safras e Agrobrazil