Oferta de gado confinado tem diminuído nos últimos dias, cenário mais apertado para negociar o boi gordo e alta de quase R$ 8,00/@ anima o mercado!
Mesmo sem a China, mercado já tem mostrado que o mês de novembro não seguirá a tendência de outubro, os preços da arroba já subiram e podem disparar ainda mais no decorrer do mês. Apoiado em fatores positivos e cenário otimista, o pecuarista viu os preços subindo a régua e fechando com grande valorização na primeira semana do mês. Segundo análise, o mês pode terminar com uma média de R$ 290,00/@, aponta média histórica!
Segundo avaliação dos dados históricos, os preços da arroba em novembro sempre tiveram uma média superior aqueles vistos e negociados em outubro. Apoiado na maior demanda do mercado interno, com pagamento de salários e décimo terceiro, o fim de ano traz uma melhora no consumo brasileira de carne bovina, o que ajuda a efetivar uma maior demanda pela matéria prima, que agora convive com escassez de animais confinados.
O fechamento da semana apontou o que já havia sido previsto: “o boi gordo mostra tendência de alta com ou sem a China no mercado”. Essa situação confirma a tendência dos preços, confira o gráfico abaixo que mostra como se comporta os preços da arroba, quando comparado os meses de outubro e novembro.
Movimento de alta e preços reagindo
A oferta de gado confinado tem diminuído nos últimos dias e algumas praças monitoradas pela Scot Consultoria começam a sentir o cenário mais apertado para negociar o boi gordo. Veja o vídeo abaixo!
As ofertas de compra para o boi gordo melhoraram RS2,00/@. Portanto, paga-se R$265,00/@, a prazo e bruto, R$264,50/@, descontado o Senar, e R$261,00/@, descontado o Senar e o Funrural, apontou a Scot Consultoria em seu relatório diário.
Ainda segundo o app, o preço em São Paulo já varia de R$ 260,00 a R$ 275,00. Segundo os pecuaristas de São Paulo, mais precisamente na praça de Buritama, o pecuarista negociou a R$ 280,00/@ à vista e com abate para o dia 08 de novembro, mostrando que as escalas estão apertadas na região.
O Indicador do Boi Gordo CEPEA, já mostrou que os preços reagiram e subiram R$ 7,50/@ comparado com o fechamento do dia 29/10. Ainda durante a semana, o mercado futuro também apontou para uma retomada de animo com o futuro do boi gordo.
Escala curta faz indústria pagar mais pela arroba
O mês de novembro se inicia com as escalas de abate mais curtas. A média nacional recuou em relação a semana passada e está na casa dos 6 dias úteis, o que está pressionando os frigoríficos de algumas regiões a ofertarem mais pela arroba do boi gordo. Tal comportamento reflete a maior escassez de oferta de bovinos confinados e, consequentemente, o encolhimento das escalas de abate dos frigoríficos.
Durante a semana foram observados negócios pontuais na casa de R$ 285,00 com prazo de 2 dias entre negociação e abate. Além disso, algumas praças de São Paulo, possuem escalas para 4 dias úteis, e elevam a pressão para compra de matéria-prima.
Margem de lucro nas alturas
As margens das indústrias frigoríficas começaram a ser divulgadas e trouxeram o que era esperado por todos, números grandes e margens elevadas. A queda da arroba e exportações recorde em setembro, contribuíram para que os números fossem alcançados.
Esse cenário é positivo para o mercado neste momento, onde os preços da arroba atingiram o piso em outubro, mas agora buscar elevar as pedidas pelos pecuaristas, trazendo um momento de busca pelo equilíbrio entre oferta e demanda.
Veja o que disse a Scot Consultoria:
Mercado vai reagir, mesmo sem a China
A queda no número de bovinos abatidos nos últimos dois meses (setembro e outubro), diz a consultoria, serviu para adequar um pouco melhor a produção de carne à demanda vigente, sobretudo depois da paralisação dos envios da mercadoria à China.
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Dessa maneira, depois desse longo processo, o setor vem sendo amparado pela recuperação do consumo interno, efeito sazonal gerado pela chegada de uma maior entrada de massa salarial típica de final de ano, com o pagamento do 13º salário.
Além disso, a abertura total das atividades econômicas no País também ajudou a ativar a demanda doméstica pela carne bovina.
No atacado, as vendas registraram maior intensidade, a ponto de permitir altas nos preços dos todos os principais cortes bovinos, com destaque para as peças de traseiro.