Embargos provisórios da China a frigoríficos brasileiros tende a ampliar a pressão sobre os pecuaristas; Com isso, preços voltam a cair trazendo reflexos negativos na margem de lucro no campo!
O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira, 23, a depender da praça pecuária avaliada. Ainda se aproveitando de escalas confortáveis, frigoríficos conseguem, assim, pressionar por preços mais baixos junto aos criadores. Com isso o preço do boi gordo teve forte recuo na abertura dessa semana na praça paulista!
Além disso, persistem os ruídos causados por embargos provisórios impostos pela China, com a atual política de tolerância zero contra a Covid-19. Segundo as informações divulgadas na tarde desta segunda-feira, 23, confirmou-se que o GACC (Administração Geral das Alfândegas da China) suspendeu a habilitação de quatro plantas frigoríficas brasileiras. Dessa vez, as gigantes da carne voltaram a ser penalizadas pelos seus compradores asiáticos. Veja abaixo a lista das unidades suspensas!
No início da semana, mais três unidades foram suspensas, duas em São Paulo, uma em Goiás. “Esse quadro tende a ampliar a pressão sobre os pecuaristas, ainda mais em uma semana pautada por menor potencial de consumo interno de carne bovina. Para o início da entressafra, é possível que haja maior potencial para reação dos preços no mercado doméstico, com um quadro mais enxuto de oferta. Nesse ambiente, os frigoríficos não possuem tanta facilidade na composição de suas escalas de abate”, assinalou Iglesias, a Agência Safras.
Segundo a Scot Consultoria, com escalas de abate programadas até o fim do mês, os compradores abriram a semana ofertando R$2,00/@ a menos para o boi e novilha gordos e R$1,00/@ a menos para a vaca gorda nas praças paulistas, com poucos negócios concretizados.
Com isso, a referência para a arroba do boi, vaca e novilha gordos está, respectivamente, em R$306,00/@, R$274,00/@ e R$302,00/@, preços brutos e a prazo.
Arroba despenca na praça paulista
Segundo o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, depois de encerrar a semana com uma alta expressiva, na comparação diária, o mercado abriu a segunda-feira com uma queda de 5,93%. Desta forma, a desvalorização de R$ 19,00/@, fez os preços saltarem de R$ 324,45/@ para o valor de R$ 305,20/@ no fechamento da última segunda-feira, 23. Ainda segundo a instituição, os valores negociados em dólar, encerram mais uma semana cotados a US$ 63,41/@. Confira o gráfico abaixo!
Os preços para os machos com destino à China também caíram; queda de R$5,00/@, estando cotados em R$310,00/@. Segundo o App da Agrobrazil, o pecuarista de Cáceres, no Mato Grosso, postou negociações de R$ 300,00/@ com pagamento no prazo de 30 dias e abate para o dia 11 de junho.
Segundo a Agrifatto, “na B3 o movimento foi de desvalorização, o futuro com vencimento para mai/22 encerrou o pregão cotado a R$ 311,70/@, com uma variação diária de -0,42%. O mercado futuro precificou a suspensão chinesa de mais quatro plantas frigoríficas brasileiras anunciada nesta segunda-feira”, apontou a consultoria em seu boletim diário.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 311,00.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 281,00.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 282,00.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 285,00 por arroba.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 280,00 para a arroba do boi gordo.
Boi no atacadista
No mercado atacadista, os preços da carne bovina caíram. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. O padrão de consumo ainda sinaliza para a preferência por proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos.
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O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,00 por quilo, queda de R$ 0,20. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 16,00 por quilo, queda de R$ 0,20. A ponta de agulha foi precificada a R$ 15,70 por quilo, queda de R$ 0,60.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 1,31%, sendo negociado a R$ 4,8070 para venda e a R$ 4,8050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,7850 e a máxima de R$ 4,8510.