Não tem boi gordo no mercado para abate, as escalas estão apertadas e o mercado exportador segue aquecido; Preço vai continuar firme na alta!
O movimento de valorização da arroba segue em marcha alta. Segundo os dados divulgados pelo Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o valor da arroba atingiu o maior patamar da história, R$ 297,05/@, configurando uma alta quase R$ 35/@ nos últimos 25 dias de janeiro.
Na última semana, a valorização fez com que o patamar de R$ 300,00/@ se consolidasse como um valor de referência para as negociações nas praças de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Sendo assim, é momento de ter atenção com a pressão baixista!
Segundo os dados da Scot Consultoria, durante a semana passada, a cotação do boi gordo subiu 3,5%, com oferta restrita e com poucos negócios. Fato que vem se repetindo em grande parte das praças pecuárias brasileiras.
Confirmando o cenário de valorização, segundo o app Agrobrazil, as negociações foram pautadas no valor de R$ 300,00/@. O destaque ficou para o boi a termo, que em Lins/SP, chegou ao preço de R$ 303,00/@ com abate programado para o dia 26 de fevereiro e com pagamento a prazo de 7 dias.
Como mencionado aqui no Portal, não há motivos que venham trazer pressão de baixa no atual preço praticado nas negociações do boi gordo. A falta de animais para abate é muita clara nesse momento e a chuva que ajudou na recuperação das pastagens nas importantes regiões, trouxe folga para que o pecuarista conseguisse reter esse gado na propriedade, vendendo compassadamente seus animais prontos.
No entanto, boa parte das indústrias frigoríficos continua a cadenciar o ritmo de suas compras de gado gordo, optando por operar com capacidade de abate reduzida ou intercalando os dias de abate por meio da realocação de suas programações com base em ofertas adquiridas anteriormente.
Em média, as escalas de abate perfazem entre três a quatro dias uteis, mas há plantas frigoríficas trabalhando para preencher lacunas para próxima terça-feira (26), informa a IHS.
Segundo a consultoria, a extrema cautela das indústrias reside na inconsistência do consumo doméstico, que sofre impactos gerados pelo típico efeito sazonal (período de menor poder aquisitivo da população), com adição do momento crítico vivido pelo País (como elevado nível de desemprego, fechamentos redes de restaurantes e hotelarias – tudo isso reflexo gerado pela pandemia da Covid-19). Mesmo com o maior fluxo das exportações, frigoríficos alegam muita dificuldade de repasse dos custos operacionais, diz a IHS.
Atenção produtor
Os pontos que agora devem ser observados, diante de um mercado trabalhando com margens apertadas, tanto produtor quanto indústria, é o seu planejamento. Buscar negociações que possam ser pautadas em uma estratégia de negócio, da compra a venda.
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A reposição segue valorizada e os insumos também estão encarecidos, diante disso, é preciso pensar em uma venda do boi gordo que possa proporcionar o “fechamento” das contas.
Sendo assim, de forma resumida, a pressão de baixa com notícias de consumo abalado, exportação reduzindo o volume e, até mesmo, casos de raiva no rebanho, já estão começando a chegar. Se atente as estratégias e vamos nos unir!