A semana abriu com avanço da degradação das pastagens e melhora na oferta de animais, mas os preços da arroba seguem em patamares elevados!
O movimento de pressão de baixa no preço do boi gordo, iniciado na última semana, continuou nesta segunda-feira, 26 de abril, com o avanço das escalas de abate e a degradação das pastagens com a seca. Os pecuaristas seguem tentando segurar a pressão das indústrias e com isso o mercado segue com baixa fluidez de mercado.
Com programações de abate mais confortáveis, atendendo em média 6 a 7 dias, as indústrias frigoríficas abriram a semana pagando R$ 1/@ a menos para o boi e novilha gordos negociados nas praças de São Paulo, relata a Scot.
Assim, o boi e a novilha gordos estão sendo negociados, respectivamente, em R$312,00/@ e R$303,00/@, preços brutos e a prazo. A cotação da vaca gorda ficou estável em relação à última sexta-feira (23/4), apregoada em R$290,00/@, nas mesmas condições.
O boi de até quatro dentes destinado à exportação está cotado em R$320,00/@, preço bruto e à vista. Esse é o mercado que mais tem apresentado estabilidade nas negociações, com avanço do volume de carne bovina exportada.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 313,25@, na segunda-feira (26/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 284,69/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 296,45/@.
Já o Indicador do Cepea, apresentou maior valorização na abertura da semana e saltou de R$ 315,40/@ para o patamar de R$ R$ 315,60/@. A valorização da Indicador já passa de 60% nos últimos doze meses. Segundo o app, o pecuarista de Ribeirão dos Índios/SP, vendeu boiada pelo valor de R$ 320,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 05 de maio.
Na B3, o dia foi de alta, com o vencimento para maio/21 fechando com valorização de 0,98%, cotado a R$ 309,70/@.
Mesmo com o feriado de Tiradentes durante a última semana, os embarques de carne bovina continuaram acelerados. Foram 32,10 mil toneladas de proteína bovina enviadas para fora do país nos últimos quatro dias úteis. Desta forma, a média diária embarcada saiu de 6,77 mil toneladas para 7,11 mil toneladas, aumentando 4,94% e atingindo o maior volume médio diário de 2021.
O ambiente no mercado pecuário brasileiro favorece os grandes produtores, que realizaram aquisições antecipadas de insumos para nutrição ou trabalham com integração lavoura-pecuária.
“A dinâmica atual permite uma nova oferta de animais para recria, proveniente dos pecuaristas que não podem arcar com os custos de confinamento e são obrigados a alienar seus animais não terminados”, informa IHS.
Do ponto de vista da demanda de carne bovina, deve haver atenção ao consumo relacionado ao Dia das Mães, período que tradicionalmente motiva a reposição entre atacado e varejo. “Mesmo assim, haverá pouco espaço para reajustes”, assinala Iglesias.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 314, ante R$ 314 – R$ 315 na sexta-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 295 a arroba, contra R$ 297.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, ante R$ 304 – R$ 305.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 310 – R$ 311, estável.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 306 a arroba, inalterados em relação à última sexta.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, a tendência é que haja algum espaço para reação dos preços na próxima virada de mês, avaliando a entrada dos salários na economia, além do repique da demanda sazonal do Dia das Mães.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,90 o quilo.