Arroba continua subindo, mas mercado está travado

Os frigoríficos seguem com escalas posicionadas entre três e cinco dias úteis, mas pecuarista pede cada vez mais pela arroba do boi gordo, veja!

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quinta-feira, 01, conforme previsto para o primeiro dia do ano. Os preços seguem firmes nas principais praças pecuárias, porém a relatos de negociações pontuais acima da referência média

“Essas negociações acontecem prioritariamente com animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês”, assinalou o analista da Safras&Mercados. O destaque ainda continua sendo o ágio dessa categoria que, no momento, alcança cerca de R$ 10,00/@.

Segundo apontou a Scot Consultoria, nas praças paulistas, as escalas confortáveis devido ao discreto aumento da oferta ao longo da semana, em função do frio no estado, e o consumo compassado mantiveram os preços estáveis na comparação diária. O boi gordo está sendo negociado por R$317,00/@, preço bruto e a prazo.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 317,81/@, na quinta-feira (01/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 314,34/@.

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia desvalorização dos preços. A cotação variou -2,28% em relação ao dia anterior e atingiu R$ 316,20 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20%. Em 12 meses, os preços alcançaram 46,55% de alta.

Em Sandovalina, praça paulista, o pecuarista informou negócios de R$ 320,00/@ com prazo de sete dias para pagamento e abate para o dia 09 de julho. Ainda no gráfico abaixo, é possível perceber que os preços seguem em patamares elevados e, as negociações acima da referência puxam a média para cima!

Na B3, o contrato com vencimento em outubro/21 fechou a R$ 319,85/@, com valorização leve de 0,58% no comparativo diário.

Ainda conforme o analista, o setor de carnes brasileiro segue preocupado em relação à queda dos preços na suinocultura chinesa, que permanece em viés de baixa.

“Este é um sintoma clássico de avanço da oferta. Precisa ser considerado que nesse ambiente é possível que a China passe a renegociar contratos tentando reduzir o seu preço de importação, além de uma possível redução do volume importado. O bom desempenho das exportações brasileiras no primeiro semestre foi consequência de contratos firmados anteriormente, ou seja, as mudanças mais contundentes em torno do fluxo exportado tendem a acontecer nos próximos meses”, apontou o analista Fernando Henrique Iglesias .

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, na modalidade à prazo.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 727,018 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 34,619 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior. A quantidade total exportada pelo país chegou a 140,315 mil toneladas, com média diária de 6,681 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.181,30.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. O ambiente de negócios ainda sugere por reajuste moderado dos preços durante a primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo.

Em relação a junho de 2020, houve ganho de 11,33% no valor médio diário da exportação, queda de 7,64% na quantidade média diária exportada e valorização de 20,54% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.

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