Arroba cai 6,6% com frigoríficos fora das compras

Abastecidos para as festividades do fim de ano, a indústria tira o pé das compras aos poucos e vai cadenciando o mercado; Virada do ano pode mudar o cenário!

As indústrias frigoríficas seguem testando o mercado, atuando de forma mais discreta nas suas negociações, eles seguem ofertando menores preços, comprando pequenos lotes e cadenciando os seus estoques. Depois de conseguirem realizar estratégias para atender as suas escalas de abate, 7 a 8 dias úteis, a pressão baixista segue firme e a virada do ano pode virar o jogo novamente!

Segundo apurou a IHS Markit, há relatos de unidades de abate que não irão operar na semana de Ano Novo e só deverão voltar aos negócios em janeiro. “Em algumas regiões do País, há plantas frigorificas que conseguiram montar escalas de abate até o dia 30 de dezembro deste ano e outras com programações até o final da primeira semana de janeiro”, relata a consultoria, acrescentando que, dessa maneira, as indústrias terão oportunidade de acompanhar melhor o desempenho da demanda pela carne bovina no mercado interno.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 250,62/@, na terça-feira (15/12), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 253,28@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 244,20/@.

Os negócios informados no dia de ontem, referente as praças paulistas, tiveram um valor entre R$ 246,00 a R$ 255,00 por arroba. Já o Indicador do Cepea se destacou no mercado, fechando o dia cotado a uma média de R$ 262,55.

Com isso, segundo a Scot Consultoria, o boi gordo passou a ser apregoado em São Paulo em R$257,00/@, preço bruto e à vista, R$256,50/@, descontado Senar e R$253,00/@ descontado Senar e Funrural. A arroba do boi gordo encerra a primeira quinzena do mês com queda de 6,6%.

Do lado da oferta, já se nota uma gradual redução da presença dos pecuaristas nos balcões de vendas de gado gordo, informa a IHS Markit. “Diante das quedas acumuladas nos preços da arroba, muitos produtores já vinham liquidando lotes terminados para atender os seus últimos compromissos em 2020”, relata a consultoria.

Mercado Futuro

Já no B3, o dia foi de realização das baixas. O contrato de dezembro, o mais negociado do dia, avançou 0,91%, ficando cotado a R$ 254,30/@. O janeiro/21, que teve 592 negociações, encerrou a terça-feira em R$ 251,00/@, com alta diária de 1,52%.

Exportações

Até a segunda semana do mês, o Brasil exportou 58,72 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária embarcada até a segunda semana do mês (6,52 mil toneladas/dia) melhorou ante o volume registrado até a primeira semana (5,46 mil toneladas/dia). Porém, comparado à média de dezembro de 2019 os volumes embarcados caíram 7,91%, e seguem inferiores às médias de outubro e novembro deste ano. 

Giro do Boi Gordo pelo Brasil, segundo Safras

Em São Paulo os preços seguem sob pressão. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de compra está na faixa entre R$ 250/253 à vista, com registro de negócios. Para animais destinados ao mercado doméstico indicação de compra a partir de R$ 245 à vista.

Em Minas Gerais os preços também seguem com viés negativo. Alguns frigoríficos estiveram fora da compra nesta terça-feira e podem abrir indicações mais baixas quando retornarem a mercado. Na região de Uberlândia, indicação de comprador posicionado a R$ 253 à vista.

Em Goiânia, indicação de comprador está posicionada em R$ 249 a prazo e em Palmeiras de Goiás o comprador está posicionado também em R$ 249 a prazo.

No Mato Grosso do Sul, os preços voltaram a ceder no decorrer da terça-feira. Em Campo Grande, indicação de comprador a R$ 244 a prazo. Em Dourados o preço da arroba ficou posicionado em R$ 245 a prazo. Em Cuiabá, no Mato Grosso, indicação de comprador em R$ 248 a prazo. Em Vila Rica, relatos de comprador posicionado a R$ 245 a prazo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados. Conforme Maia, o ambiente de negócios sugere pouca capacidade para reajustes, por conta da reposição aquém do esperado entre as cadeias. “Em linhas gerais, o consumidor final está saturado e não consegue absorver a alta da carne bovina, mantendo a preferência de consumo sobre a carne de frango. Outro ponto importante é a desaceleração dos números da exportação neste mês, possivelmente pelo menor ímpeto da China”, diz Maia.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 18,90 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,80 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 14,80 o quilo.

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