Mercado do boi tem semana de grande estabilidade nos preços; Não há espaço para uma maior pressão baixista nos preços, arroba ficará em R$ 200. Confira!
A semana foi marcado por uma menor concretização de negócios no mercado do boi, alguns fatores como a manutenção do isolamento social, adiantamento de feriado em São Paulo e menor demanda interna, deixaram os frigoríficos confortáveis e o pecuarista reticente em aceitar as baixas que tentaram ser impostas pelos compradores.
Os testes de preços menores pelos compradores são observados, mas as exportações colaboram com o escoamento e, consequentemente, com os preços. Quando o destino é a China, principal comprador, o ágio gira em torno de R$10,00/@.
Exportações em alta e escassez de animais no mercado explicam comportamento da arroba do boi gordo.
“Não há espaço para uma maior pressão baixista nos preços da arroba”. Esta é a análise da Informa Economics FNP para o atual momento da pecuária. Nesta sexta-feira, embora o mercado físico do boi gordo continue enfraquecido pelo baixo consumo interno de carne bovina, as poucas variações de preços da arroba ocorridas foram predominantemente positivas.
Os participantes do aplicativo da Agrobrazil informaram poucos negócios hoje, 22, lembrando do adiantamento do feriado em São Paulo, o que deixou muitos frigoríficos fora do mercado. O pasto secando é uma grande preocupação para o pecuarista.
Com destino a China, pecuaristas de Campo Grande/MS informaram negócios de R$ 182/@ à vista e abate para o dia 04 de junho. Já em Porangatu/GO, o preço foi de R$ 190/@ com prazo de 30 dias e abate para o dia 25 de maio. Em Araguari/SP, tivemos preços de R$ 200/@ com prazo de 30 dias e abate para o dia 27 de maio.
Quer ficar por dentro do mercado do boi e acompanhar as cotações em tempo real? Baixe o app da Agrobrazil.
Giro por outras praças
No Mato Grosso, os negócios foram realizados a preços mais altos nesta sexta-feira. “Apesar da instabilidade na venda dos cortes bovinos, fator retratado por alguns frigoríficos pesquisados no MT, a oferta de boiada gorda ainda é, de certa forma, restrita devido ao período de entressafra, o que impede uma pressão baixista mais forte sob as cotações”, relata a FNP.
Em Goiás, a arroba também se valorizou hoje. A baixa disponibilidade de animais terminados no mercado, fruto do momento que vive o setor de bovinocultura de corte, tem favorecido as cotações da boiada gorda, mesmo com as compras limitadas apenas para abates urgentes, avalia a FNP.
No Mato Grosso do Sul, apesar do registro de ajustes positivos nas cotações, o mercado se manteve com baixa liquidez. Diante do consumo irregular no mercado doméstico, muitas indústrias reduziram o volume de compras, adquirindo boiada apenas para compromissos mais urgentes. As escalas das indústrias do MS atendem, em média, cinco dias.
- Indicador do açúcar cristal se enfraquece
- Boi gordo e café em alta: oferta curta dispara preços
- Ainda no vermelho, suinocultura espera cenário positivo para 2025
- Boicote ao Carrefour: “Temos mais de 90% de adesão”, diz diretor do setor de alimentação de SP
- illycaffè divulga os cafeicultores finalistas do 34° Prêmio Ernesto Illy
Em Rondônia, a cotação da arroba registrou alta nesta sexta-feira. Os pecuaristas da região dispõem de boa quantidade de massa verde nas pastagens e conseguem especular valores mais altos pelo gado para abate. Além disso, plantas habilitadas do Norte do País têm se beneficiado do ritmo firme de exportações e da desvalorização cambial.
No Tocantins, poucos lotes de boiadas são ofertados no mercado e com a dificuldade em obter matéria prima, as indústrias aumentaram os valores oferecidos pelo gado gordo.
No Maranhão, com a atuação mais ativa dos frigoríficos para preencher as programações de abate, a arroba também se valorizou nesta sexta-feira, segundo a FNP.
Compre Rural com informações Agrobrazil, FNP e Agrifatto