Arroba bate recorde e fecha semana com explosão de preço

Semana foi marcada pelo bom ritmo de vendas e com explosão de preço da arroba, apesar da enorme escassez de animais terminados. Confira!

Os preços do boi gordo continuaram firmes nesta sexta-feira, 21, nas principais praças de produção e comercialização do Brasil. “A restrição de oferta ficou mais uma vez evidente na região Centro-Oeste, o que tem reduzido o diferencial na base de preços na comparação com o estado de São Paulo”, diz o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Conforme o analista, o elevado custo para confinar exige a manutenção dos preços do boi gordo em patamar alto. “Uma eventual alteração da curva de preços poderia inibir o confinamento para o último bimestre, período que tradicionalmente é mercado pelo ápice do consumo de carne bovina”, salienta.

O Indicador do Cepea, subiu de forma significativa e trouxe um no vo recorde para o período, fechando a R$ 229,25/@ nesta última sexta-feira. Segundo o gráfico abaixo, esse é maior valor observado pelo CEPEA, considerando os últimos seis meses. No aplicativo da Agrobrazil, foram observadas valorizações em algumas praças, com São Paulo fechando com média de R$ 230,67/@.

Com destino ao mercado interno, pecuaristas de Camapuã/MS, informaram negócios de R$ 227/@ com prazo de 30 dias e abate programado para o dia 26 de agosto. Essa foi mais uma máxima registrada para o estado que, na última semana, viu os preços subindo novamente.

Para o estado de Tocantins, em Talismã, foi informado preço de R$ 230/@ com prazo de 2 dias para pagamento e abate no dia 26 de agosto. Já a novilha gorda em Camapuã/MS, foi negociada à R$ 217/@ com prazo de 30 dias e abate para o dia 26 de agosto.

No mercado de exportação, os preços informados no aplicativo da Agrobrazil, ficaram ao redor de R$ 225 à R$ 233/@. Essa foi uma das semanas de menor volume de animais negociados, apesar da alta no preço da arroba, o número de animais prontos para abate é pequeno e limitou a negociação de maiores volumes.

“Com as altas acumuladas na arroba durante a semana, os pecuaristas se mostraram mais dispostos a vender os animais terminados e os frigoríficos conseguiram estender as programações de abate, em média, até o meio da semana que vem”, informa a IHS Markit.

A trajetória de valorização da arroba tem suporte na dificuldade dos frigoríficos em avançar com as escalas de abate que atendem, principalmente, os compromissos de exportação, relata a IHS Markit.

“Mesmo com o enfraquecimento do consumo doméstico de proteínas registrado ao longo da segunda quinzena de agosto, as indústrias mantêm a produção regular e se posicionam de forma ativa nas aquisições de gado, visando atender à forte demanda de parceiros comerciais, principalmente a China”, observa a consultoria.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Segundo Iglesias, a reposição entre atacado e varejo é mais lenta neste momento, conforme já era esperado, diante do menor apelo ao consumo durante a segunda quinzena do mês, com o brasileiro médio mais descapitalizado. “A dinâmica mudará na primeira quinzena de setembro, com a entrada da massa salarial na economia”, aponta.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 13,60 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 15,60 o quilo.

Compre Rural com informações da Agrobrazil, Agência Safras, CEPEA e IHS Markit

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM