O novo patamar de preço da arroba já acontece de forma pontual, mas o agora é questão de tempo para que os R$ 320,00/@ se torne referência, veja!
O mercado do boi gordo registrou uma leve melhoria no volume de negócios em relação aos dois primeiros dias desta semana, fechando a quarta-feira, 17, com grande otimismo e indústria brigando pelo boi gordo. Segundo as informações obtidas pela nossa equipe, o mercado já paga os R$ 320,00/@, mesmo que de forma pontual. Mercado segue pautado pela menor oferta de animais para abate!
A dificuldade na originação de matéria prima (boiadas) para as indústrias frigorificas continua nas praças paulistas, porém, a dificuldade no escoamento de carne no mercado interno vem limitando o aumento nas cotações, que estão estáveis. Para os frigoríficos com destino a exportação o cenário é outro e se paga mais pelo boi para garantir a matéria-prima.
Segundo a Scot Consultoria, em seu relatório diário, a vaca gorda e novilha gorda para abate estão apregoadas em R$283,00/@ e R$297,00/@, preços brutos e a prazo, respectivamente.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 303,39/@, na quarta-feira (17/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 291,41/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 296,00/@.
O mercado registrou ontem um avanço nas escalas de abate para as unidades sul mato-grossense. Já na praça paulista, o mercado segue mais travado e com preços sempre acima de R$ 300,00/@. O Indicador do Cepea, continua em patamar recorde, fechando ontem a R$ 309,50/@.
O novo patamar de preço ainda é pontual, mas a melhora cambial e a competitividade da carne brasileira no mercado externo é positiva e, por isso, ressaltamos que é questão de tempo para que os R$ 320,00/@ se torne nova referência para esse mercado!
Mercado Futuro
Após o encerramento de vários dias em alta, a quarta-feira fechou com as cotações do boi gordo sofrendo leve desvalorização no mercado futuro. A arroba encerrou cotada a R$ 305,35/@ para os contratos com vencimento em maio/21, sofrendo recuo de 0,75% comparado ao dia anterior.
Alerta no mercado interno
Para a Scot Consultoria, deve ser acompanhado de perto o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre o consumo de carne bovina no mercado doméstico. “Com o agravamento da doença, medidas rigorosas de contenção da COVID-19 estão em vigor em boa parte do País. Em algumas cidades do interior de São Paulo, por exemplo, os supermercados funcionarão apenas para entrega em domicílio”, observa.
Por outro lado, a demanda externa pela carne bovina brasileira que segue forte, sobretudo os embarques à China. Além disso, a oferta de animais terminadas segue bastante enxuta, contribuindo para a sustentação da arroba em patamares altos.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 314-315 a arroba, ante R$ 314 a arroba na terça-feira.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300 contra R$ 299.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 301, ante R$ 298.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 299, contra R$ 300.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 304 – R$ 305 a arroba, ante R$ 304 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a preocupação segue com a demanda de determinados estabelecimentos, prejudicada por normas mais severas de distanciamento social.
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“Somada a isso, precisa ser citada a descapitalização do consumidor médio, ainda optando por produtos que causem menor impacto na renda média, no caso do setor carnes essa predileção recai incisivamente na carne de frango, em um amplo movimento de migração neste primeiro trimestre”, disse ele.
Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 20,30 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,10 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,30 o quilo.