Arroba bate R$ 315 e abre a semana com recorde, veja!

Conforme anunciado que o preço da arroba iria disparar, a abertura da semana foi marcada pelo novo recorde de preço com arroba a R$ 315,00!

O mercado físico do boi gordo inicia a semana com alta nos preços. O fechamento dessa segunda-feira, 08, trouxe um novo recorde de preço para o mercado. Novamente a movimentação do câmbio é a grande justificativa para que ocorressem negociações acima da referência média, principalmente para os animais com padrão exportação. Confira abaixo os detalhes!

A arroba continua sustentada pelo avanço das exportações de carne bovina, favorecida pela desvalorização do real frente ao dólar, o que deixa a commodity brasileira mais competitiva no mercado internacional. Além disso, temos a baixíssima oferta de animais terminados neste início de safra, o que reduz o poder de negociação dos frigoríficos.

Segundo a Scot Consultoria, os negócios para vaca e novilha gordas estão ocorrendo em R$282,00/@ e R$297,00/@, respectivamente, nas mesmas condições. As programações de abate atendem em média três dias.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 305,11/@, na segunda-feira (08/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 280,55/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 281,92/@.

Ainda segundo o app, os preços variam entre R$ 295,00 a R$ 315,00/@ nas praças paulistas, que são referência para as demais praças. Destaque do dia ficou para a negociação em São José do Rio Preto/SP, o valor foi de R$ 315,00/@ com pagamento à vista e abate para o dia 17 de março. Veja as imagens abaixo!

Além desse recorde, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/ESALQ, abriu a semana com grande reajuste positivo e atingiu, segundo os dados, o maior valor da história do indicador. O fechamento para a praça paulista atingiu o patamar de R$ 307,50/@ e aponta para bom momento nos preços.

Alguns fatores contribuem para a ausência de compradores no mercado do boi gordo. O principal deles é o enfraquecimento das margens operacionais dos frigoríficos, devido à enorme dificuldade em repassar ao restante da cadeia (atacado/varejo) o aumento de custo gerado pela explosão nos preços da matéria-prima (boiada gorda). O consumo doméstico de proteína vermelha continua adormecido pela crise econômica e pelas novas políticas de restrição relacionadas ao avanço da Covid–19.

Mesmo com o escoamento lento de carne bovina no mercado interno, a escassez de animais terminados no mercado tem sido o principal vetor de sustentação no mercado do boi gordo. A cotação atual está 1,1% mais alta que a média de fevereiro/21.

Mercado Futuro

Na B3, o contrato com vencimento para março/21 sofreu leve desvalorização de 0,06%, ficando cotado a R$ 307,55/@. Já para maio/21, o ajuste negativo foi de 0,25%, fechando em R$ 299,00/@. 

Giro do Boi Gordo Pelo Brasil

  • Em São Paulo, os valores do boi gordo fecharam o dia negociados a R$ 309.
  • Em Goiás, os valores ficaram em R$ 295.
  • Em Minas Gerais, o preço chegou a R$ 303.
  • Em Mato Grosso do Sul, a arroba ficou em R$ 293.
  • Já em Mato Grosso, os negócios foram registrados a R$ 300 a arroba.

Exportações

Como esperado, os envios de carne bovina in natura voltaram a ganhar forças. Com o dólar valorizado frente ao real e a volta chinesa as compras, março/21 iniciou-se com um bom volume embarcado de proteína bovina. Ao todo foram exportadas 30,54 mil toneladas de proteína bovina até o quinto dia útil.

Com isso, a média diária registrou aumento de 7,68% em comparação a média de fevereiro/21, e 6,7% a mais que no mesmo período no ano passado (março/20), alcançando as 6,10 mil toneladas/dia.

 Atacado

O mercado atacadista finalmente reage com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo. No entanto, as medidas de distanciamento social geram muitas ressalvas neste momento, limitando o funcionamento de bares, restaurantes e de outros estabelecimentos.

O corte traseiro foi precificado a R$ 19,70, por quilo, alta de R$ 0,40. Corte dianteiro ficou em R$ 16,10, por quilo, alta de R$ 0,70. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 15,70, por quilo, alta de R$ 0,30.

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