Arroba bate R$ 289 com frigorífico “nervoso”, veja!

Pecuarista coloca o boi na sombra, enquanto do outro lado o frigorífico abre a semana com grande “nervosismo” por conta da pressão baixista que tenta impor.

Nesta segunda, 23, o mercado físico do boi gordo abriu a última semana do mês com baixo volume de negócios e preços estáveis na maioria das praças pecuárias do Brasil, foram observados valorizações de forma pontual. O frigorífico segue nervoso na sua pressão baixista, enquanto o pecuarista coloca o boi na sombra e não vende o boi “barato”.

“As ofertas de compras estão com preços em patamares menores, e as indústrias estão pulando dia de abate e diminuindo a intensidade do abate diário”, observa a Scot Consultoria. A grande questão do momento é: “Qual a capacidade do mercado interno de absorver novas altas nos preços da carne?”

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 282,42/@, na sexta-feira (23/11), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 277,91/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 265,27/@.

Ainda segundo a Agrobrazil, foram observadas negociações com preços entre R$ 279,00 a R$ 285,00 por arroba, nas praças paulistas. Entretanto, na região da Bahia, já existem negócios que chegam a R$ 289,00/@. Preço que chegou a ser negociado também em São Paulo, mas para o “Boi Cepea”.

Já o Indicador do Cepea, abriu a semana cotado a R$ 289,70@, ou seja, com uma valorização superior a 2,6% na comparação dia a dia, refletindo a pressão imposta pelos pecuaristas.

Giro do boi pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 281 a arroba, estáveis.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 275 a arroba, estáveis.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 270 a arroba, inalterados.
  • Em Goiânia, Goiás, o valor da arroba do boi gordo se manteve em R$ 272.
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 267 a arroba.

Escalas de abate e oferta de boi gordo

Em média, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros atendem quatro dias úteis, segundo levantamento. Entretanto, sabemos que grande parte das indústrias tem pulado um dia de abate e ou colocaram férias coletivas, visando reduzir o custo operacional.

No entanto, a oferta de gado gordo segue escassa nas principais regiões produtoras, o que ajuda a manter os preços da arroba ainda em patamares altos, apesar da atual pressão baixista dos frigoríficos.

Outro ponto de destaque para o setor é a chegada das festas de final do ano, ápice do consumo doméstico de carne bovina no País. Na avaliação da IHS, este esperado aumento de consumo, associado ao firme fluxo das exportações brasileiras, deve manter a relação estoque/demanda bem ajustada no atacado e favorecer suporte aos preços do boi gordo.

Atacado

No mercado atacadista, os preços seguem firmes. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere por alguma reação dos preços durante o último bimestre, período que conta com maior apelo ao consumo.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.

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