Pecuarista aproveita a baixa oferta de animais para colocar pressão de alta nos preços da arroba; Frigoríficos seguem buscando estratégias para conter prejuízo!
Abertura da semana, em plena quarta-feira, já começa com o pecuarista sumido da praça, já que não há boi gordo para comercialização. Além disso, a abertura da semana já inicia com recorde de preço na arroba, trazendo mais um “dilema” para a indústria.
O mercado deve ser retomado, ainda com o boi gordo nas alturas e com preço recorde, valendo R$ 303/@ nas praças paulistas, essa que é referência para as demais praças pecuárias do país. Esse valor foi atingido pelo Indicador do Cepea.
O indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,60%, passou de R$ 301,20 para R$ 303 por arroba e renovou o maior valor nominal já registrado na série histórica. No acumulado do ano, a cotação já subiu 13,42%. Na segunda semana de fevereiro, a alta acumulada foi de 0,4% e desacelerou novamente em relação às outras semanas do ano.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 297,00/@, na sexta-feira (12/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 285,17/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 282,88/@.
Situação complicada para indústria
Na última semana alguns frigoríficos, principalmente os de mercado interno, tentaram pressionar o pecuarista a vender mais barato os seus poucos lotes de animais prontos para abate, mas sem sucesso. Os preços seguem ainda fortalecidos pela baixíssima oferta de animais terminados, resultado do atraso do período chuvoso no Brasil-Central, o que comprometeu a recuperação das pastagens.
Cautela para o Pecuarista
Além disso, sabendo da enorme necessidade dos frigoríficos em preencher as suas escalas de abate, o pecuarista segura os lotes de animais já terminados, o que dificulta ainda mais a vida dos compradores da matéria-prima.
O pecuarista parece satisfeito com uma arroba ao redor de R$ 300, mas qualquer queda mais brusca pode prejudicar a conta final da fazenda, sobretudo para os produtores que precisam realizar urgentemente a reposição do plantel. Isso porque, nos últimos meses, os valores do bezerro, garrote, boi magro subiram mais que os preços do boi gordo, prejudicando a relação de troca dos recriadores/invernistas.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 voltaram a apresentar comportamento misto, ou seja, tiveram altas leves nas pontas mais curtas e ligeiras baixas nas mais longas. O vencimento para fevereiro passou de R$ 296,80 para R$ 298 por arroba e o para maio foi de R$ 281,30 para R$ 281.
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Mercado do Atacado
Cenário de indecisão no mercado atacadista de carne bovina. Sem saber ao certo como serão as vendas no feriado prolongado, o que se pratica é a cautela.
O preço médio da carcaça casada bovina ficou entre os R$ 18,20 e 18,30/kg, mas negociações com valores abaixo já começam a ser vistas. No varejo, os cortes do traseiro não escoam. Os dos dianteiros e pontas, preferência das classes com menor poder aquisitivo, demonstram mínima liquidez.
