O mercado do boi gordo voltou a apresentar elevação nos preços com mercado tenso e pautado pelo “missing ox” de Norte a Sul; E agora o que esperar?
O mercado físico de boi gordo, como de praxe, registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira, 24. O pecuarista continua a pressionar o mercado com a baixar oferta de animais, com isso, houve algumas negociações acima da referência média nas praças pelo país. Pecuarista segue mirando os R$ 320,00/@ de olho na reposição.
As indústrias com destino ao mercado interno seguem cadenciando as suas compras de olho no fluxo de vendas da carne bovina nas gôndolas dos supermercados. Já aquelas que atendem ao mercado externo não perdem tempo e seguem disputando o boi gordo e, com isso, sobem a referência de preços da matéria-prima.
Segundo os dados divulgados no comparativo diário da Scot Consultoria, a vaca gorda e novilha gorda para abate estão apregoadas em R$283,00/@ e R$301,00/@, nas mesmas condições, respectivamente. Porém, a dificuldade na composição das programações de abate, que atendem de 3 a 4 dias, persiste.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 314,52@, na quarta-feira (24/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,41/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 297,62/@.
Animais que atendem ao mercado externo estão sendo negociados em R$317,00/@, preço bruto e à vista, conforme apresentado na imagem abaixo. Porém, no indicador do Cepea, houve expressivo recuo de R$ 3 na passagem diária, caindo de R$ 313,80 para R$ 310,80 por arroba.
Os contratos futuros do boi gordo negociados na B3 praticamente já apagaram as quedas observadas na última sexta-feira e no início desta semana. Com isso, alguns vencimentos chegaram até a renovar a máxima de ajuste desde que passaram a ser negociados. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 312,8 para R$ 313,8, do abril foi de R$ 308,5 para R$ 313 e do maio, de R$ 301,75 para R$ 305,8 por arroba.
Daqui até o final do mês, “aparentemente não haverá refresco”. Até mesmo as previsões iniciais relativas ao mês de abril sinalizam para um mês de oferta bastante ajustada, considerando a boa qualidade das pastagens,
situação que permite a retenção de maneira mais efetiva por parte do pecuarista.
O contraponto segue na demanda de carne bovina, com medidas de distanciamento social vigorando em diversos estados, prejudicando o desempenho da economia neste momento. A tendência do consumo direcionado a proteínas mais acessíveis tende a se sustentar ao longo de todo o ano de 2021, “portanto a carne de frango seguirá com a predileção do brasileiro médio”.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315 – R$ 316, estável.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 303, ante R$ 302 – R$ 303.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 – R$ 310 a arroba, inalterado.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, há menos espaço para reajustes no decorrer desta semana, em linha com um processo de reposição mais lento entre atacado e varejo.
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Somado a isso, precisa ser mencionada a situação macroeconômica problemática no decorrer de 2021, com o avanço da pandemia exigindo medidas mais drásticas de distanciamento social, ou seja, haverá lentidão na recuperação econômica. Nesse tipo de ambiente a tendência é que se sustente a predileção por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango.
Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.