O ponto de sustentação dos movimentos de alta na arroba é o mesmo de sempre: “a falta de animais prontos para abate”. Confira agora o que esperar!
A cotação do boi gordo em janeiro deste ano registra alta superior a 35% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os dados avaliados pela nossa Equipe. Ainda segundo os dados levantados, os preços devem seguir elevados diante de uma oferta restrita de animais para abate. Arroba pode ter novo recorde para o mês, confira agora!
O mercado segue favorável para os movimentos de alta, fatores como alta dos insumos, entrada da massa salarial, reposição valorizada e a menor oferta de animais para abate devido ao prolongamento da seca devem continuar pressionando as escalas de abate das indústrias.
Fechamento da semana
Segundo a Scot Consultoria, as indústrias frigoríficas em São Paulo foram às compras na última sexta-feira, 08. Com a oferta de boiadas enxuta e, consequentemente, escalas de abate também curtas, as ofertas de compra subiram.
Em São Paulo, na comparação diária a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@, e a da vaca gorda e a da novilha gorda para abate subiram R$4,00/@ e estão apregoadas, respectivamente, em R$277,00/@, R$260,00/@ e R$267,00/@, preços brutos e à vista.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 277,01/@, na sexta-feira (08/01), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 275,76/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 265,43/@.
O destaque da semana ficou para o recorde de preço do mês. Segundo informado no app, o pecuarista de Irapuã/SP negociou os seus animais no valor de R$ 285,00/@ com pagamento à vista e data de abate para o dia 11 de janeiro. Já o Cepea fechou a semana com desvalorização e cotado a R$279,50.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 280, ante R$ 277 a arroba na quinta.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 270, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 265 para R$ 268.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 256, inalterada.
- Em Uberaba, Minas Gerais, o valor chegou a R$ 275, ante R$ 272.
As escalas de abate encerraram a primeira semana de dias úteis do ano encurtadas. A dificuldade em preencher os cronogramas de abate, nas principais praças pecuárias, tem dado sustentação às altas registradas nos últimos dias, ainda assim, são registradas poucas negociações.
Semana pode trazer novo recorde de preço
Segundo o levantamento realizado pelo nosso consultor, Thiago Pereira, os preços podem atingir novo recorde de preço para o mês de janeiro. “O movimento de alta segue sustentado pela menor oferta de animais. As escalas de abate curtas e com frigorífico “brigando” pela matéria prima, os preços tendem a ser elevados nessa semana”, ressaltou.
O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no curto prazo, em linha com o cenário pautado pela restrição de oferta.
“A disponibilidade de animais terminados tende a permanecer restrita até meados de março, consequência do atraso da entrada de animais de safra no mercado após a estiagem prolongada que afetou todo o Centro-Sul do país”, diz Iglesias, da Agência Safras.
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“Temos poucos pecuaristas atuando neste momento. Com pouca oferta, o preço seguirá subindo. A oferta deve melhorar a partir desse mês, o que deve trazer algum equilíbrio aos preços. No entanto, a firmeza nas cotações deve seguir neste ano e até mesmo em 2021”, avalia Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria.
Sobre a alta nos preços da arroba, que chegaram a superar a marca de R$ 300 no ano passado, Torres diz que é difícil fazer projeções nesse sentido e que o dinamismo do mercado é quem vai dizer para onde vão os preços.