Apesar da entrada de lotes de boi a pasto no mercado, oferta não foi suficiente e frigorífico segue brigando pelo boi gordo, confira abaixo!
Semana encerra com o mercado do boi gordo disparando em algumas regiões pecuárias pelo Brasil e, claro, com o Boi China recebendo grandes bonificações. A desvalorização do Real frente ao Dólar e a baixa oferta de animais faz com que as indústrias paguem um ágio de até R$ 15,00/@ para essa categoria. Mercado fecha a primeira semana do mês com otimismo!
Na primeira semana de março, o mercado do boi gordo começou a receber os primeiros lotes de animais terminados a pasto, embora ainda num ritmo bastante lento. O atraso do período chuvoso no Brasil Central retardou a entrada da safra de boiada gorda, que só agora começa a surgir no mercado, porém ainda sem quantidade suficiente para mudar a direção da arroba, que se mantém firme nas principais praças pecuárias
Segundo a Scot Consultoria, o boi gordo para o mercado doméstico está apregoado em R$303,00/@, preço bruto e à vista, e os bovinos jovens (mercado externo) estão cotados em R$310,00/@, nas mesmas condições. O preço da novilha gorda subiu R$1,00/@ na comparação diária, e está sendo negociada em R$295,00/@, preço bruto e à vista. A vaca gorda ficou estável, cotada em R$280,00/@, nas mesmas condições.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 304,92/@, na sexta-feira (05/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 290,09/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 290,03/@.
Para a praça paulista, as negociações informadas pelos pecuaristas no app, trouxe preços variando de R$ 295,00 a R$ 310,00/@. Destaque para a praça de Mato Grosso que segue com valor firme a R$ 300,00. Já o Indicador do Cepea, fechou a semana com desvalorização e cotado a R$ 301,10/@ de média para a praça paulista!
Arroba chegando a R$ 310, no caso de animais com qualificados para atender ao mercado da China (bovinos jovens, com até 30 meses de idade).
No entanto, favorecidos pela melhoria das pastagens, muitos pecuaristas optam por cadenciar as vendas, segurando a boiada já terminada nas fazendas. “A estratégia é barganhar melhores condições de preços de olho nos elevados custos de produção”, relata a IHS, citando o movimento de forte valorização no mercado de reposição, além do avanço nas cotações de alguns componentes da ração (milho e farelo de soja, principalmente).
Escalas de abate
O mercado ainda segue com escassez de oferta, porém com o aumento na cotação do dólar frente ao real (superior a R$ 5,60), a demanda externa está aquecida. Houve pequena recuperação no mercado interno, porém as operações seguem em mar de incertezas.
- Em São Paulo, as programações de abate encerraram a semana com 6,0 dias úteis, aumentando um dia na comparação semanal.
- Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, as indústrias encerraram a sexta-feira respectivamente com 3,0 e 5,0 dias úteis.
- Na região mato-grossense e mineira, as programações de abates seguiram sem muitas mudanças, permanecendo estáveis. Os trabalhos fecharam a semana com 5,0 dias úteis em ambas as regiões
Indústria do mercado interno apertada
Com uma economia em crise – agravada pelo descontrole da Covid-19 –, os consumidores preferem passar bem longe das prateleiras ocupadas com carne vermelha, optando em colocar em seus carrinhos de compras somente proteínas mais baratas, como o frango e a carne suína.
Tal comportamento impede qualquer tentativa de repasse de custos por parte das indústrias, que, sufocadas, decidiram reduzir a produção e, consequentemente, frear a busca por boiadas gordas.
No entanto, mesmo com os limites de compras impostos pelas indústrias, os preços do boi gordo não dão sinais de que deverão se distanciar muito das máximas vigentes, ao menos no curtíssimo prazo, aposta a consultoria.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- A semana encerrou com o boi gordo valendo R$ 307 em São Paulo;
- R$ 295 em Goiás;
- R$ 303 em Minas Gerais;
- R$ 293 em Mato Grosso do Sul;
- R$ 293 em Mato Grosso.
Atacado
O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços no decorrer da sexta-feira, o ambiente de negócios segue sugerindo por pouco espaço para reajustes no curto prazo.
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O lockdown no principal centro consumidor do país, São Paulo, impactará diretamente no consumo dos cortes nobres bovinos, ou seja, no quarto traseiro, isso porque o funcionamento de bares e de restaurante será prejudicado. De qualquer forma a expectativa é que a carne de frango siga ganhando mercado no curto e no médio prazo, avaliando a descapitalização do brasileiro médio.
O corte traseiro ainda é precificado a R$ 19,30, por quilo. Já o corte dianteiro é cotado a R$ 15,40, por quilo. A ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.