Os frigoríficos tentam colocar uma pressão de queda no preço da arroba, mas a baixa oferta de animais terminados da sustentação para os valores acima de R$ 200!
O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta sexta-feira, 10. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o movimento de correção para baixo após a disparada do ano passado segue em curso, com os grandes frigoríficos pressionando os pecuaristas, mesmo em um momento sazonal de oferta mais restrita.
“A mudança drástica no perfil de consumo das famílias, natural no início de cada ano, com a demanda de carne bovina despencando após a grande demanda vista nas festas de fim de ano, tem tido mais peso sobre a formação dos preços do boi gordo”, disse Iglesias.
Segundo ele, se a oferta de animais terminados não permanecesse curta neste momento, os preços da matéria-prima estariam caindo mais.
Na capital de São Paulo, os preços fecharam a sexta em R$ 202,00 a arroba para pagamento à vista, ante R$ 202 – R$ 203 no fechamento anterior. Em Uberaba (MG), R$ 192 a arroba. Em Dourados (MS), o preço da arroba inalterado. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 190. Já em Cuiabá (MT), o valor ficou em R$ 177, inalterado.
De acordo com a Consultoria Agrifatto, as negociações no mercado físico seguem lentas, demonstrando a cautela da indústria em adquirir matéria-prima, visto que o consumo interno de proteína bovina tende a ficar comprometido pelo menor poder aquisitivo da população neste início de ano.
Por outro lado, muitos pecuaristas ainda seguem afastados de novas vendas, diminuindo assim a oferta de boiada disponível. Em seu boletim matinal de ontem, a Radar Investimentos destacou que os poucos pecuaristas que estão dispostos a negociar não aceitam vender os animais abaixo dos R$ 200,00/@, à vista no estado de São Paulo.
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Atacado
Já no atacado, os preços da carne bovina voltaram a cair. “Neste período cheio de despesas para o brasileiro médio com impostos, material escolar, e ainda as viagens de férias, o consumo de carnes migra para as proteína animais mais acessíveis, especialmente a carne de frango”, disse Iglesias.
O corte traseiro teve preço de R$ 15,15 por quilo, com queda diária de 65 centavos. A ponta de agulha foi negociada a R$ 10,20 por quilo (ante R$ 10,40 por quilo na quinta-feira, 9) e o corte dianteiro saiu a R$ 10,75 o quilo, contra R$ 10,80 o quilo no fechamento anterior.
Fonte: Agência Safras