Apesar do incremento, o total para o PSR em 2021 ainda ficaria abaixo de R$ 1,3 bilhão anunciado pelo Ministério da Agricultura para a safra 2020/21. Veja!
A Junta Orçamentária Executiva (JEO), órgão colegiado de assessoramento direto do presidente da República na condução da política fiscal, aprovou na semana necessária a solicitação de mais R $ 60 milhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PS), conforme Informa ao Broadcast Agro o Diretor de Gestão de Risco da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pedro Loyola.
No fim de outubro, o governo federal adicionou ao Congresso o Projeto de Lei de Crédito Suplementar 35/2021, no qual solicitou R $ 77 milhões para o PSR, dentro de um pacote maior, de R $ 3.066 bilhões para diversos ministérios, dos quais R $ 642,1 milhões para o Ministério da Agricultura.
Os R $ 77 milhões, já não congresso, foram encaminhados para sanção presidencial na semana passada, segundo Loyola. “Agora a expectativa é atingir um total de R $ 1.061 bilhões (para o ano de 2021), considerando R $ 924 milhões já saiu, mais os R $ 77 milhões e os R $ 60 milhões (de agora) “, disse Loyola.
O diretor lembrou que R $ 1.061 bilhão foi o valor cobrado pela massa, para o PSR, no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2021. O montante aprovado pelo Congresso no PLOA, contudo, foi de R $ 976 milhões e, posteriormente , novos cortes pelo governo reduziram os recursos a R $ 924 milhões.
Apesar do incremento, o total para o PSR em 2021 ainda ficaria abaixo de R $ 1,3 bilhão anunciado pelo Ministério da Agricultura para a safra 2020/21. Os R $ 60 milhões, cuja liberação depende do aval do Congresso e de sanção presidencial, estão distantes dos R $ 298,8 milhões solicitados pela Agricultura em escritório enviado ao Ministério da Economia, no mês passado.
Na última sexta-feira, Loyola participou, junto com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Soria Bastos Filho, de uma reunião com diversas entidades do setor para atualizar sobre o valor suplementar aprovado pela JEO e reforçar que a pasta ainda tentará aprovar mais recursos complementares para o PSR. Para alcançar R $ 1,3 bilhão, inoculada mais R $ 239 milhões, aproximadamente. “Uma secretaria, a própria ministra (Tereza Cristina), está empenhada em aumentar os recursos para o PSR e também para o Incra”, afirmou Loyola. “Em novembro, talvez ocorra mais uma reunião da JEO, é uma possível última oportunidade”, disse.
Na quarta-feira passada (17/11), Bastos Filho disse durante o Summit Agronegócio Estadão 2021 que havia expectativa de complemento para o orçamento do PSR até o fim do ano. “Já conseguimos recentemente uma suplementação de R $ 77 milhões e acredito que teremos mais R $ 370 milhões a R $ 380 milhões a serem alocados até o fim do ano, chegando à alocação total de R $ 1,3 bilhão”, afirmou o secretário na ocasião.
Da reunião de sexta-feira, participaram representantes de diversas entidades, conforme Loyola, incluindo Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o Instituto Pensar Agro (IPA), além do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), e outros parlamentares.
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Até o início de novembro, de acordo com o Diretor de Gestão de Risco, 102.026 mil produtores tinha sido beneficiado com subsídio do PSR, para 169.298 mil apólices, o correspondente a uma área segurada de 9.547 milhões de hectares. O prêmio do seguro vinculado ao PSR somava R $ 3,13 bilhões.
Caso a Ministério da Agricultura consiga atingir R $ 1,3 bilhão em subvenção ao seguro, o número de produtores beneficiados chegará a cerca de 145 mil, o de apólices, a 240 mil, aproximadamente, e a área segurada, a 13,7 milhões de hectares, pela estimativa de Loyola. A área segurada, no caso, seria semelhante à do ano passado, que contou com subvenção de R $ 881 milhões. A variação entre um ano e outro se dá porque os preços de várias culturas aumentaram de forma expressiva, elevando o valor pago seguro pelo seguro e a necessidade de subvenção para cobrir uma mesma área.
Com informações do Estadão Conteúdo