Em nota, a entidade ressalta sua posição contrária a qualquer taxação de qualquer produto primário, especialmente soja e milho.
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) manifestou-se, nesta quinta-feira (27/1), contraria a um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê a imposição de uma taxa de 15% sobre as exportações de milho do Brasil até o fim deste ano. Em nota, a entidade ressalta sua posição contrária a qualquer taxação de qualquer produto primário, especialmente soja e milho.
O projeto que prevê a tarifa sobre os embarques de milho é da deputada Soraya Manato (PSL-ES). Além de estabelecer os 15%, permite ao governo que altere a alíquota para cima ou para baixo em até dez pontos percentuais durante a vigência da lei. A parlamentar argumenta que os produtores têm privilegiado exportações prejudicando o abastecimento interno do cereal.
Em seu posicionamento, a Aprosoja Brasil afirma que a deputada, ao apresentar a proposta, não levou em consideração o aumento nos custos de produção que tem reduzido a rentabilidade dos produtores. Desconsiderou também as perdas sofridas por agricultores de estados da região Sul do Brasil, além de São Paulo e Mato Grosso do Sul, por causa da seca severa que atingiu lavouras em regiões produtoras de milho.
“Por ser contrária a taxação de qualquer produto primário, especialmente de milho e de soja, a Aprosoja Brasil recomenda aos deputados das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados que rejeitem a proposta e que, ao invés de tributar os produtores, se debrucem sobre soluções para minimizar os prejuízos causados pela seca nas lavouras”, diz a Aprosoja Brasil, em nota.
Fonte: Globo Rural