Inaugurada em 1976, estrada que ficou conhecida pelos atoleiros é uma das principais vias de escoamento para portos do arco-norte do país.
Falta pouco mais de um mês para os agricultores das regiões norte e médio-norte de Mato Grosso iniciarem a colheita da soja. A expectativa é de que, pela primeira vez, o escoamento da safra rumo ao porto de Miritituba – no Pará – não registre cenas que se tornaram comuns nos últimos anos: longas filas de caminhões atolados, motoristas parados há dias (e até semanas) na estrada em uma espera que nunca tinha data certa para acabar.
Pouco mais de quatro décadas após a sua inauguração (1976), a pavimentação total da estrada finalmente se tornou realidade. A informação foi divulgada neste fim de semana nas redes sociais do Exército Brasileiro, e repostada pelo Ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas.
“Dia 23 de novembro é um dia histórico. Nessa data, nossa #engenharia interligou toda a BR-163 com revestimento asfáltico. Agora, o usuário não percorrerá mais estrada de chão. Para que seja concluída a primeira fase da obra, faltam apenas duas faixas de 1.500 metros cada”
Em nota publicada nesta segunda-feira, 25, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes reforçou que “essa é uma das principais entregas do Governo Federal para 2019” e que a previsão é entregá-la até o fim do ano “tudo para garantir mais segurança para os caminhoneiros e eficiência para o escoamento da safra de grãos da região”. No início deste ano, ainda restavam 51 quilômetros da BR-163 no Pará para serem pavimentados.
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A conclusão da obra deve tornar mais barato o custo para transportar grãos de Mato Grosso para Miritituba. Pelo menos é o que espera o agricultor Leonildo Bares, que planta soja e milho em Sinop, médio-norte do estado. “Há dois anos as tradings descontavam do que pagavam pra gente o valor do frete para o porto de Paranaguá-PR (R$ 320,00/ton) mas escoavam parte da produção para Miritituba-PA com custo menor que esse (R$ 180,00/ton) sem repassar a diferença para nós. Agora, com a BR-163 concluída, esperamos que elas sejam justas e descontem o valor real do preço para Miritituba-PA. Caso elas façam isso, o valor começa a ficar um pouco mais atrativo para o produtor rural, porque a logística começa a ficar menos pesada pra nós”, conclui.
Pelas contas do Movimento Pró-logística, a pavimentação total da BR-163 pode gerar uma economia anual de aproximadamente R$ 600 milhões ao setor produtivo. A previsão é de que pela estrada asfaltada passem cerca de 13 milhões de toneladas de soja e milho no ano que vem, 3 milhões de toneladas a mais do que este ano.
Fonte: Canal Rural