Coronavírus traz incertezas, mas o mundo continua comendo carne; Exportações acima de R$ 2 bilhões no trimestre mostram um mercado disposto ao consumo.
De janeiro a março deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram 353,52 mil toneladas, volume 5% superior ao embarcado no primeiro trimestre de 2019, destaca nesta quinta-feira, 9 de abril, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Apesar de a pandemia de coronavírus trazer grandes incertezas quanto ao andamento da economia mundial e do agronegócio brasileiro, as exportações nacionais de carne bovina in natura continuam registrando bom desempenho”, avaliam os pesquisadores do Cepea, acrescentando que os volumes embarcados em março e ao longo do primeiro trimestre deste ano foram “recordes para os respectivos períodos”.
“Esse cenário, atrelado ao dólar elevado, garantiu receita mensal com as exportações de carne bovina acima de R$ 2 bilhões nos três primeiros meses deste ano”, informa.
Em março, quando a pandemia começou a avançar com força no Brasil e a reduzir a intensidade na China – o principal destino da carne nacional –, frigoríficos embarcaram quase 126 mil toneladas da proteína in natura, diz o Cepea, com base nos dados da Secex. Essa quantidade superou em quase 14% a de fevereiro/2020 e em 6% a de março do ano passado.
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Preços internos
No mercado brasileiro, o Indicador do boi gordo Cepea/B3 registra média de R$ 200,29 nesta parcial de abril (até o dia 8), praticamente estável frente à de março (R$ 200,35).
Segundo análise do Cepea, “os preços da arroba têm apresentado pequenas oscilações, influenciados pela entrada e saída de operados do mercado, que negociam apenas quando há necessidade”.
Além disso, continuam os pesquisadores, muitos frigoríficos têm trabalhado com escalas mais curtas. Nessa quarta-feira, 8, o Indicador fechou a R$ 201,80/@, com elevação diária de quase 1%.
Fonte: Portal DBO