A Eficiência Alimentar é indispensável na pecuária moderna, é de extrema importância reconhecer os animais que podem melhorar o rebanho.
O período de 28 dias de adaptação dos animais para o Teste de Eficiência Alimentar Angus terminou na segunda-feira (30/7), dando início à prova que avaliará o Consumo Alimentar Residual (CAR), o peso, a Área de Olho de Lombo (AOL), a Espessura de Gordura Subcutânea na Picanha (EGP) e a Espessura de Gordura Subcutânea de Costela (EGS) dos exemplares. Os touros que chegaram à Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com peso médio de 514,2 quilos, começaram o teste com peso médio de 551,63 quilos, o que representa uma média diária de ganho de 34 quilos durante a adaptação.
De acordo com o gerente de fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, os resultados comprovam a alta qualidade dos animais. “O teste vai andar muito bem”, avalia. Os touros iniciam a prova com 85,64 cm² de AOL, 3,45 mm de EGS e 3,81 mm de EGP. A inciativa é uma parceria da Angus com a Ufrgs e tem duração de 70 dias a contar de segunda-feira.
Os resultados apresentados ao fim da adaptação mostram que cada touro consome diariamente, em média, 24,22 litros de água e 23,9 quilos de dieta. Segundo o professor da Ufrgs e coordenador da prova, Jaime Tarouco, existe diferença de consumo entre os animais, mas todos apresentam ganhos de peso. “Ganharam mais músculo do que gordura e aumentaram a área de lombo. Isso é excelente”, avalia. A dieta dos exemplares é composta por 52,7% de silagem de milho, 32,2% de grão de milho, 14,1% de farelo de soja, 0,78% de núcleo mineral e 0,11% de virginiamicina. “O ganho de peso dos animais mostra que a qualidade da dieta é muito boa”, complementa Pivato.
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De acordo com o presidente da Angus, José Roberto Pires Weber, o objetivo do teste é identificar os animais que convertem melhor o alimento em peso para auxiliar no trabalho dos criadores. Weber, que também é proprietário da cabanha Santa Thereza, de Dom Pedrito (RS), tem um de seus touros na prova e ressalta que é de extrema importância para sua fazenda reconhecer os animais que podem melhorar o seu negócio. Segundo Didi Soldera, proprietário da cabanha Soldera, de Panambi (RS), avaliar o consumo alimentar do seu touro é relevante para saber se a genética do mesmo é de alta qualidade e assim, seguir ou não na mesma linhagem.
Para o proprietário da cabanha La Coxilha, de Cacequi, Gabriel Barros, o resultado do teste beneficiará criadores que compram sêmen da raça Angus para cruzamento com Nelore, uma vez que os animais gerados a partir da inseminação carregam em sua genética ótimo desempenho no consumo alimentar, o que resulta em benefícios financeiros para os negócios. Segundo Barros, a prova também deve incentivar o uso do touro nacional. “Temos de acreditar mais em nossos touros”, diz.
Via ABA