Angus Rio da Paz certifica animais contra Diarreia Viral Bovina, a BVD

Criatório, localizado em Cascavel (PR), reconhecido pela rigorosa seleção genética da raça Angus, dá um passo além para oferecer segurança sanitária a seus clientes

A Angus Rio da Paz, agropecuária que se dedica há 25 anos ao melhoramento genético da raça Angus e reconhecida pela rigorosa seleção de seus animais, deu um passo além em 2023 e passou a aplicar em todo o seu rebanho testes que identificam animais persistentemente infectados (P.I) de Diarreia Viral Bovina (BVD, na sigla em inglês). Dessa forma, quem adquirir animais do criatório em seus leilões este ano terá uma garantia sanitária extra. O leilão de fêmeas será realizado em 8 de julho e o de touros em 5 de agosto.

A BVD é uma doença silenciosa que pode causar inúmeros prejuízos econômicos na atividade pecuária e identificar os animais P.I, que são os perpetuadores da doença nos rebanhos, é fundamental para evitar perdas e garantir a produtividade. A partir de uma parceria entre a Angus Rio da Paz e a Biogénesis Bagó, que trouxe ao Brasil o BVDV Ag POC, um teste rápido desenvolvido pela IDEXX Laboratórios, para ser realizado na fazenda com a finalidade de identificar os P.I, todos os animais ofertados nos remates terão um certificado de não persistentemente infectado para BVD.

Angus Rio da Paz
Foto: Gabriel Oliveira / Agência ElCampo

Buscar as mais modernas tecnologias e diferenciais para seus produtos para fazer uma entrega perfeita ao cliente é uma característica do pecuarista Renato Zancanaro, que está à frente da Angus Rio da Paz. “Sou extremamente perfeccionista e fico sempre em busca do que existe em novidades e tecnologias para entregar o melhor a quem busca a nossa genética. Oferecer animais que não são persistentemente infectados para BVD soma à nossa preocupação para uma entrega perfeita ao comprador”, reconhece Zancanaro, que foi um dos pioneiros a adotar tecnologias como avaliação de carcaça, ultrassonografia de carcaça e genômica sempre em busca de fertilidade, longevidade, uniformidade e produtividade, que caracterizam a genética Rio da Paz. “Só conseguimos melhorar se medirmos e tivemos como comprovar que estamos ofertando animais superiores”, salienta o pecuarista.

“Oferecer um animal que comprovadamente não é persistentemente infectado para BVD com certeza contribui para melhorar o resultado reprodutivo. Não é uma maneira de valorizar o meu animal, mas um benefício que vou oferecer ao meu cliente, uma segurança tanto para mim quanto para ele de que está adquirindo um animal de alta qualidade”, destaca Zancanaro.

As três gerações da Família Zancanaro Marco Antonio Antonio e Renato
Foto: Gabriel Oliveira / Agência ElCampo

25 anos de seleção

O trabalho com bastante critério e foco dão o tom da atuação de Zancanaro desde que seu irmão que estudava Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria, em 1998, atrás chamou a atenção para os “pretinhos”, referindo-se aos animais da raça Angus que começavam a despontar no Rio Grande do Sul. Foi quando levaram os primeiros animais da raça para o projeto de confinamento que estavam construindo para fazer cruzamento industrial com Nelore.

O primeiro leilão de touros foi realizado em 2008 e hoje é um dos mais tradicionais remates do Paraná, fornecendo genética testada e reconhecida para rebanhos de diversos estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará. Além do sucesso dos leilões, a Angus Rio da Paz vem vencendo nos últimos anos por diversas vezes o Troféu Mérito Genético – Luiz Alberto Fries, concedido pela Associação Brasileira de Angus ao criatório com o melhor desempenho da produção de reprodutores validada pelo Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo).

Atualmente a propriedade de 2 mil hectares possui um rebanho Puro de Origem (P.O.) de 650 cabeças e um confinamento com capacidade de 300 animais por engorda. Além da pecuária, a Angus Rio da Paz produz soja, milho, trigo e aveia.

Rebanho da Angus Rio da Paz
Foto: Gabriel Oliveira / Agência ElCampo

Entrada no mercado de fêmeas

A entrada no mercado de fêmeas ocorreu somente em 2020, quando, no auge da pandemia da Covid-19, a Angus Rio da Paz realizou seu primeiro remate desse produto.

“Nosso plantel de genética começa com fêmeas da mais alta qualidade. Com muita dedicação e critério, conseguimos produzir excelentes fêmeas, com isto, resolvemos ofertar ao mercado o que existe de melhor em matrizes de nossa produção”, conta Zancanaro. “É um mercado que se abriu por conta dos critérios de resultados usados na propriedade e nosso leilão é bastante esperado”.

Para Zancanaro, um dos segredos para tantos resultados positivos é o acompanhamento pessoal que faz. “No melhoramento genético não adianta olhar só os números. Temos sempre que analisar os animais no campo, cuidar da conformação. Sou muito exigente e me cobro demais. Não tenho dó de descartar os animais. Se não vai desempenhar no meu cliente como eu quero, vai para o confinamento”, sentencia o pecuarista. Esse acompanhamento se reflete no pós-venda, que Renato desempenha de forma diferenciada e faz questão de fazer pessoalmente, monitorando toda a idade reprodutiva do rebanho de seus clientes.

Quem o acompanha na observação atenta aos animais no campo é seu pai Antonio Zancanaro, quem começou tudo e de quem herdou o olhar criterioso. “Ele tem 78 anos e um olho muito bom para a pecuária. Sempre que pode está comigo na mangueira. Com ele aprendi a fazer sempre as coisas certas”, reconhece. A evolução genética está presente não somente no rebanho, mas na família. Seu filho Marco Antônio estuda Agronomia e, segundo Zancanaro, “tem um olho mais ‘clínico’ do que eu”. Para ele, outro fator que garante o sucesso do negócio é o apoio da esposa Neide e da filha Isadora, que compreendem a dedicação com que se dedica ao trabalho.

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