Em junho, a bandeira tarifária já se situou em nível 2, o mais caro. Mas a Aneel decidiu agora elevar em 52% o valor do patamar mais custoso.
SÃO PAULO (Reuters) – A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça-feira elevar o custo da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para 9,49 reais por cada 100 kwh consumidos, ante valor atual de 6,243 reais por 100 kwh, em meio a impactos do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Em junho, a bandeira tarifária já se situou em nível 2, o mais caro. Mas a Aneel decidiu agora elevar em 52% o valor do patamar mais custoso.
A Aneel havia decidido anteriormente que o novo valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para julho seria decidido na reunião desta terça-feira.
A situação hídrica, fruto do pior período úmido em 91 anos na área das usinas, leva ao maior acionamento de termelétricas, mais caras, cujo custo incluído nas tarifas dos consumidores é coberto pelas bandeiras.
A revisão do valor das bandeiras para 2021/2022, iniciada em consulta pública, coincidiu com as mais baixas afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), fortemente baseado na geração hidrelétrica.
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O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, que proclamou o valor após aprovação da diretoria, lembrou durante a audiência que a conta das bandeiras tarifárias já está deficitária em cerca de 1,5 bilhão de reais, defendendo o aumento do valor, assim como a maioria dos outros diretores.
Ele comentou que “ninguém gosta de anunciar aumento de preços” e destacou que a Aneel tem feito um “trabalho intenso” para desonerar tarifa. Mas ponderou também a situação hídrica. O adiamento da decisão poderia tornar o cenário “muito desafiador”, disse ele.
(Por Roberto Samora)
Fonte: Reuters