Os brasileiros se consolidam como o segundo maior exportador mundial, abaixo das 55 milhões de toneladas dos Estados Unidos.
A América do Sul vai dar um equilíbrio ao mercado mundial de milho na safra 2022/23. Já a América do Norte coloca menos cereal neste ano no mercado do que na safra anterior. Para o USDA, os produtores sul-americanos vão produzir 194 milhões de toneladas do cereal, com aumento de 8% em relação ao volume de 2021/22.
O USDA considera o período de safra de outubro de um ano a setembro do outro. Nas estimativas do Departamento, os norte-americanos vão produzir 7% a menos nesta safra, que recua para 396 milhões de toneladas.
A União Europeia também vai produzir menos, com a safra caindo para 54 milhões de toneladas. A Ásia mantém as 326 milhões de toneladas da safra anterior.
Os números mostram a importância do Brasil nas exportações de 2022/23. Na estimativa do USDA, o País colocará 46.5 milhões de toneladas do cereal no mercado externo neste período. Com isso, os brasileiros se consolidam como o segundo maior exportador mundial, abaixo das 55 milhões de toneladas dos Estados Unidos.
Efeitos climáticos
Os grandes produtores colocam menos cereal no mercado devido a uma quebra de produtividade, provocada por condições climáticas adversas. Muitos dos países já sofreram os efeitos do clima, o que provocou essa quebra de produção.
O perigo para o Brasil é que a grande safra ainda vai ocorrer no período de inverno do próximo ano, e o País está sujeito a eventuais efeitos climáticos. A produção estimada para 2022/23 é de 126 milhões de toneladas. A deste ano, que permitiu um abastecimento melhor do mercado internacional, foi recorde e totalizou 116 milhões de toneladas.
Na safra 2022/23, a China, que também teve perda de produtividade em algumas regiões do país, deverá importar 18 milhões de toneladas, um volume próximo ao do México, mas abaixo das 22 milhões da União Europeia.
Com demanda ainda aquecida e a quebra de produção em vários grandes produtores, a oferta total de milho recua para 1.16 bilhão de toneladas, uma queda de 5%. Os estoques mundiais finais voltam para 298 milhões de toneladas, com queda de 3% em relação ao período anterior.
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Preços
A quebra mundial de safra de milho fez com que os preços internos se mantivessem aquecidos. Em maio do ano passado, a saca de milho foi negociada a R$ 101,00 segundo o CEPEA.
Em julho, com a maior oferta vinda da safrinha, o preço da saca recuou para R$ 82,00. O aumento das exportações elevou os preços internos, que estão em R$ 88,00 na região de Campinas. O preço da tonelada de milho exportada neste mês supera em 35% o do mesmo período do ano passado.
Fonte: Folha de S.Paulo
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