A alimentação do gado emerge como um fator determinante não apenas para a saúde do rebanho, mas também para a sustentabilidade financeira da operação. Neste contexto, alimentar os animais com pasto é mais barato, veja porque
A produção de bovinos é uma peça fundamental na economia agropecuária, e a busca por práticas eficientes e econômicas é uma constante desafio para os pecuaristas. Nesse cenário, a alimentação do gado emerge como um fator determinante não apenas para a saúde do rebanho, mas também para a sustentabilidade financeira da operação. No epicentro dessa discussão, destaca-se uma verdade que tem resistido ao teste do tempo: alimentar o gado com pasto é mais barato.
Esta afirmação não apenas desafia conceitos tradicionais, mas também abre caminho para uma abordagem econômica e sustentável na pecuária. Nesta exploração, desvendaremos os motivos pelos quais a opção pelo pasto se destaca como uma estratégia financeiramente vantajosa, delineando os benefícios que essa prática traz para a produção desses animais; confira.
Capim como alimento essencial
Na perspectiva de especialistas em forragicultura, o capim, composto principalmente por gramíneas, oferece um perfil nutricional único. O seu destaque reside na proporção balanceada entre proteínas e fibras. Esse equilíbrio é crucial, pois as proteínas são essenciais para o desenvolvimento muscular e a produção de carne, enquanto as fibras contribuem para a saúde digestiva e o bem-estar geral dos animais.
Um dos aspectos mais notáveis do capim é a presença significativa de proteínas em sua composição. Quando comparado a outras formas de forragem, os capins oferecem uma fonte de proteína de alta qualidade para o gado. Essa característica é vital para estimular o crescimento muscular e garantir uma engorda eficaz, resultando em animais saudáveis e com carne de qualidade superior.
Além das proteínas, as fibras desempenham um papel crucial na saúde digestiva dos bovinos, pois ajudam na regulação do sistema digestivo, prevenindo problemas como a acidose ruminal e promovendo a eficiente absorção de nutrientes. Um capim bem manejado, com teor adequado de fibras, contribui para a manutenção de um sistema digestivo saudável no gado.
Variedade de capins e sustentabilidade
A diversidade de capins disponíveis oferece aos pecuaristas a oportunidade de adaptar a dieta do gado de acordo com suas necessidades específicas. Diferentes tipos da forrageira podem oferecer benefícios nutricionais distintos, permitindo um manejo personalizado da alimentação do rebanho. Essa abordagem contribui para uma nutrição mais completa e balanceada, resultando em animais saudáveis e bem alimentados.
O capim, ao destacar-se como uma forragem nutricionalmente rica, não apenas impulsiona a produção de bovinos de qualidade, mas também se alinha com práticas agrícolas sustentáveis. O uso eficiente do capim reduz a dependência de alimentos concentrados, diminuindo os custos de produção e promovendo uma abordagem mais equilibrada e econômica na pecuária.
Custo-benefício para a produção de bovinos
Vamos explorar como o capim se destaca como a melhor escolha na busca pelo equilíbrio ideal entre custo e benefício na produção de bovinos.
Redução significativa nos custos de alimentação: Um dos principais atrativos do capim na dieta bovina é a redução substancial nos custos de alimentação. Em comparação com alimentos concentrados e suplementos, o capim apresenta-se como uma fonte econômica e sustentável de nutrientes essenciais. A capacidade do gado de se alimentar diretamente de pastagens bem manejadas minimiza a dependência de rações caras, traduzindo-se em economias significativas para os pecuaristas.
Eficiência na conversão alimentar e ganho de peso: O capim, quando utilizado como a principal fonte de alimentação, contribui para uma eficiência notável na conversão alimentar. Sua composição equilibrada de proteínas e fibras resulta em um crescimento muscular eficiente nos bovinos. O ganho de peso mais rápido e sustentável significa menos tempo e recursos necessários para atingir o peso de abate desejado, resultando em uma produção mais eficiente e rentável.
Adaptação a condições climáticas e ambientais locais: A diversidade de capins disponíveis permite aos pecuaristas escolher variedades adaptadas às condições climáticas e ambientais específicas de suas regiões. Essa adaptabilidade não apenas melhora a saúde e a produtividade do gado, mas também representa uma estratégia econômica ao lidar com variações sazonais e desafios climáticos. A resistência de certas variedades de capins a condições adversas reduz a necessidade de investimentos constantes em medidas corretivas.
Manejo sustentável para economia a longo prazo: A opção pelo capim na alimentação do gado também se alinha a práticas de manejo sustentáveis. Estratégias como rotação de pastagens e controle de qualidade contribuem para a saúde contínua do solo e a preservação dos recursos naturais. Esse manejo sustentável não apenas reduz os custos associados à recuperação de pastagens degradadas, mas também estabelece as bases para uma produção econômica e ambientalmente responsável a longo prazo.
Estratégias de rotação para maximizar benefícios
A implementação de estratégias de rotação de pastagens é uma prática essencial na pecuária que visa maximizar os benefícios nutricionais, econômicos e ambientais oferecidos pelo capim. Essa abordagem envolve o manejo cuidadoso da utilização de diferentes áreas de pastagem ao longo do tempo, permitindo a recuperação das áreas previamente utilizadas. Vamos explorar mais a fundo as estratégias de rotação de pastagens e como elas contribuem para otimizar os benefícios na produção dos animais.
Renovação da qualidade nutricional: Ao alternar o uso de diferentes áreas de pastagem, os bovinos têm acesso a capins com composições nutricionais variadas. O descanso das áreas previamente pastoreadas permite a regeneração do capim, resultando em pastagens mais ricas em nutrientes quando são novamente utilizadas. Isso contribui para uma dieta mais equilibrada ao longo do tempo, atendendo às necessidades nutricionais específicas do gado em diferentes estágios de crescimento.
Controle de parasitas e doenças: A rotação de pastagens ajuda a reduzir a carga de parasitas e a incidência de doenças transmitidas pelo solo. O ciclo de vida de muitos parasitas é interrompido quando as pastagens são deixadas em repouso por um período, contribuindo para um ambiente mais saudável para o gado. Isso minimiza a necessidade de intervenções veterinárias e tratamentos, resultando em economias significativas em custos de saúde animal.
Manejo sustentável do solo: A prática de rotação de pastagens promove um manejo sustentável do solo, pois áreas descansadas têm a oportunidade de se recuperar, prevenindo a degradação do solo. A regeneração do solo reduz a erosão, melhora a infiltração de água e promove a retenção de nutrientes, contribuindo para a saúde a longo prazo das pastagens.
Adaptação a condições climáticas variáveis: Em regiões com variações climáticas sazonais, a rotação de pastagens permite que os pecuaristas ajustem a alimentação do gado conforme as condições específicas. Áreas de pastagem podem ser utilizadas de forma estratégica de acordo com a disponibilidade de capim, ajudando a enfrentar desafios climáticos, como secas sazonais.
Aumento da eficiência na utilização de recursos: A rotação de pastagens contribui para uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis, reduzindo a necessidade de expansão contínua da área de pastagem. Isso resulta em uma melhor gestão dos custos associados à manutenção de pastagens, como cercas e sistemas de irrigação, proporcionando economias a longo prazo.
Em conclusão, as estratégias de rotação de pastagens são uma ferramenta valiosa na produção bovinos, proporcionando uma série de benefícios que vão desde a melhoria da qualidade nutricional até a promoção de práticas sustentáveis e a maximização da eficiência econômica. Essa abordagem reflete um compromisso com a saúde do rebanho, a preservação do ambiente e o sucesso econômico a longo prazo na indústria pecuária.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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