
Uma nova frente fria avança pelo país e deve provocar temporais, rajadas de vento e volumes expressivos de chuva, com previsão de até 200 milímetros em pontos localizados.
A última semana de março e os primeiros dias de abril começam com sinal de alerta para produtores rurais e moradores de diversas regiões do Brasil. Uma nova frente fria avança pelo país e deve provocar temporais, rajadas de vento e volumes expressivos de chuva, com previsão de até 200 milímetros em pontos localizados.
Segundo a Climatempo e o meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, a frente fria avança pelo Sul do Brasil a partir desta segunda-feira (31) e deve provocar instabilidade climática ao longo da semana. O fenômeno também terá impacto no Sudeste, Centro-Oeste e Norte, com previsão de chuvas intensas em áreas específicas.
Já o Nordeste seguirá sob efeito de um clima mais quente e seco, com poucas chances de chuva nas principais áreas produtoras.
Regiões mais afetadas com a nova frente fria e chuvas
Sul
No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a frente fria deve causar pancadas de chuva moderadas a fortes, acompanhadas de raios e rajadas de vento. Há risco de granizo em áreas como Fronteira Oeste, Missões, Noroeste e Campanha Gaúcha. Em Santa Catarina e no Paraná, a instabilidade aumenta a partir da tarde, com previsão de chuvas fortes localizadas.
Os volumes de chuva na região devem variar entre 40 e 60 mm, mas com risco elevado de temporais e ventos acima de 70 km/h até terça-feira (1º).
Sudeste
Em São Paulo e Minas Gerais, a umidade direcionada pelos ventos e o avanço da frente fria devem provocar pancadas de chuva ao longo da semana. No litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, os acumulados podem chegar a 100 mm, elevando o risco de alagamentos e transtornos urbanos.
No restante de São Paulo, Espírito Santo e no centro-sul mineiro, a chuva ficará entre 30 e 40 mm, mantendo a umidade nas áreas produtoras sem grandes prejuízos ao campo.
Já o centro de Minas Gerais terá tempo quente e seco, com máximas entre 33ºC e 35ºC e umidade do ar abaixo de 30%.
Centro-Oeste
Os maiores volumes serão registrados em Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás, com acumulados de até 50 mm. Em Mato Grosso, a previsão indica até 50 mm em áreas de fronteira, enquanto nas demais áreas e no sudoeste goiano o volume deve girar em torno de 20 mm.
Essa diminuição na umidade pode ser positiva para o avanço da colheita da soja e o início do plantio do milho segunda safra.
Norte
A influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém o tempo instável em praticamente toda a região. Os maiores acumulados são esperados no Amapá e no noroeste do Pará, com volumes entre 150 mm e 200 mm — o que pode afetar estradas e prejudicar a logística local.
Nos demais estados, como Amazonas, Rondônia e Roraima, a previsão aponta acumulados próximos de 100 mm ao longo da semana.
Nordeste
A previsão segue com pouca chuva para a maior parte da região. Apenas na costa leste há chance de pancadas isoladas no início da semana, especialmente em Aracaju (SE) e Maceió (AL).
O restante da região deve registrar acumulados baixos, entre 10 mm e 50 mm, mantendo o cenário de déficit hídrico nas áreas produtoras, principalmente na Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e interior do Ceará e Piauí.
Fique atento
Produtores e moradores das áreas citadas devem acompanhar os alertas meteorológicos ao longo da semana e redobrar a atenção para possíveis transtornos causados pelos temporais, como alagamentos, quedas de energia e dificuldade na logística rural.