Segundo a Agrifatto, com a redução do poder de compra da população brasileira a partir desta segunda quinzena de março, o escoamento de carne bovina segue lento, o que tende a fortalecer a pressão baixista sobre o valor da arroba nos próximos dias; confira as cotações
O mercado físico do boi gordo continua sob pressão com uma tentativa de compras por parte dos frigoríficos, os quais estão oferecendo preços abaixo das referências médias. O ambiente ainda é marcado por uma grande oferta de fêmeas.
De acordo com o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate são bastante convenientes, com uma média de dez dias úteis. Isso proporciona às indústrias a oportunidade de testar níveis mais baixos de preço, mesmo com os pecuaristas conseguindo controlar o ritmo dos negócios.
“A perda de qualidade do pasto durante o segundo trimestre será um fator importante para a formação dos preços da arroba. Para o pecuarista, fazer uso das ferramentas de proteção será essencial”, ressalta Iglesias.
Segundo a Agrifatto, com a redução do poder de compra da população brasileira a partir desta segunda quinzena de março, o escoamento de carne bovina segue lento, o que tende a fortalecer a pressão baixista sobre o valor da arroba nos próximos dias.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta terça-feira (19/3), os preços dos animais terminados ficaram estáveis nas praças de São Paulo, uma das principais referências para o mercado brasileiro do boi gordo. “O cenário atual é de um pecuarista controlando as ofertas na esperança de uma melhora nas cotações, enquanto as indústrias seguem adquirindo boiadas de maneira cautelosa”, resume a Scot.
Preços da arroba do boi gordo:
- São Paulo: R$ 228
- Goiânia, Goiás: R$ 215
- Uberaba, MG: R$ 221
- Dourados, MS: R$ 219
- Cuiabá: R$ 207
Assim, o boi gordo paulista está sendo negociada por R$ 228/@, no prazo, valor bruto. Por sua vez, a vaca gorda e a novilha seguem valendo R$ 205/@ e R$ 220/@. Por sua vez, diz a Scot, o “boi-China” está cotado em R$ 235/@, com ágio de R$ 7/@ sobre o animal gordo “comum”.
De acordo com os dados do CEPEA, o indicador futuro -B3 – do boi gordo registrou um valor de R$ 228,50 no dia 19/03/2024, refletindo uma variação diária de -1,19% e uma variação mensal de -2,93% . Esse indicador acompanha de perto a dinâmica do mercado, que tem sido influenciado pela oferta elevada de fêmeas e pela tentativa de compras por parte dos frigoríficos a preços abaixo das referências médias. Essa pressão baixista sobre o valor da arroba é acentuada pela descapitalização da população brasileira, o que impacta o escoamento da carne bovina e fortalece a tendência de preços mais baixos nos próximos dias.
Atacado
No mercado atacadista, persiste uma estabilidade para a carne bovina, refletindo a dinâmica de oferta e demanda. Os preços permanecem consistentes, com o quarto traseiro sendo cotado a R$ 18,10 por quilo e a ponta de agulha mantendo-se estável em R$ 13,65 por quilo. Da mesma forma, o quarto dianteiro continua precificado a R$ 14,00 por quilo. Nesse contexto, a carne de frango surge como uma alternativa mais competitiva em comparação com outras proteínas, especialmente para as famílias com renda entre um e dois orçamentos mínimos, segundo o analista do Safras&Mercado.
“É importante mencionar que a carne de frango permanece mais competitiva se comparada às proteínas concorrentes, especialmente para as famílias que possuem renda entre um e dois exercícios mínimos”, afirma Iglesias.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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