Segundo os dados da Conab, divulgados em dezembro, a safra deve ter um volume de 102,5 milhões de toneladas; E agora vai faltar milho em 2021?
Diversas entidades em seus balanços de ano acreditam que 2021 vai ser o ano do milho. Com a valorização o grão já passou a status de commodity e preocupa quem depende dele para a ração.
Em seu 3º levantamento da safra 20/21 a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no entanto, reduziu a expectativa de safra. Em outubro, na primeira projeção eram esperadas 105,1 milhões de toneladas, nas três safras. Uma alta de 2,6 em relação a safra passada quando foram colhidas 102,5 milhões de toneladas.
Em novembro a previsão caiu para 104,8 milhões de toneladas. Já no boletim de dezembro o número caiu mais e deve ser igual ao do ciclo 19/20, com as 102,5 milhões de toneladas, um mínimo crescimento de 0,1%.
A queda se dá em função da estiagem na Região Sul. Muitas lavouras da primeira safra já têm perda total. No Rio Grande do Sul a expectativa era de colher 5,6 milhões de toneladas, um crescimento de 44,8% sem a seca da safra passada. Mas a chegada da La Niña fez o déficit hídrico voltar ao estado. Agora a previsão é de colher 3,5 milhões de toneladas, um recuo de 9,3%. Na safra passada os produtores gaúchos colheram 3,9 milhões de toneladas.
A área total de plantio foi mantida em 18,4 milhões de hectares, alta de 0,5%. No maior estado produtor, Mato Grosso, são esperadas 34,6 milhões de toneladas. Na safra passada foram 34,9 milhões de toneladas. Isso é explicado por uma produtividade 0,9% menor, de 6,3 kg/ha. A maior produtividade nacional deve ser do Distrito Federal, com 8,06 kg/ha.
A semeadura do milho de primeira safra, para a temporada 2020/21, está em andamento, afetada pelo atraso e inconstâncias do clima, que estão prejudicando o plantio e desenvolvimento das lavouras.
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Em outras, as chuvas estão ocorrendo com intensidade e regularidade maiores, auxiliando no acúmulo hídrico dos solos, estabelecendo, nesta fase, forte competição entre as lavouras de milho e soja, com prejuízo para o cereal, que nas últimas safras vinha apresentando incrementos continuados na área plantada.
A Conab estima que o consumo doméstico será de 68,7 milhões de toneladas de milho 2019/20 e 71,8 milhões de toneladas para a safra 2020/21. Com isso a projeção de importação é de 950 mil toneladas,especialmente para suprir a baixa oferta no começo de 2021.
Com informações do Agrolink.