Expectativa de chuva forte com trovoadas, ventania e granizo no Sul do país, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo no mês de Janeiro. Veja!
A fase fria, conhecida como La Niña, favorece o regime de chuvas do período úmido de 2021 sobre o Sudeste e Centro-Oeste, Nordeste e principalmente sobre o Norte, cujos efeitos são mais evidenciados a partir de fevereiro, com a instalação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). O fenômeno também potencializa estiagens regionalizadas no Sul do Brasil.
O fenômeno La Niña atinge o seu pico de intensidade neste mês. Porém, a Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) mantém a previsão do gradual enfraquecimento da fase fria no decorrer do segundo trimestre de 2021, com indicação de uma fase de transição/neutralidade para meados de 2021.
Mesmo com a presença do fenômeno La Niña, outros fatores climáticos proporcionam muita influência no clima de Janeiro de 2021, aponta o meteorologista Tiago Robles, da Meteored.
“É preciso ter em mente a distribuição da precipitação e a intensidade das temperaturas”, destaca o especialista da rede internacional de previsão do tempo.
“Para Janeiro, o padrão de distribuição das chuvas se mantém praticamente o mesmo em relação ao mês de Dezembro, com maiores volumes concentrados no eixo noroeste-sudeste, atingindo boa parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Em relação às temperaturas, não há grandes novidades. Por conta da ocorrência da maior taxa de precipitação as máximas não atingem patamares tão elevados quanto são observados na primavera, no entanto, o calor se faz presente, principalmente em parte do Nordeste, onde as chuvas são menos frequentes”, sintetiza ele.
De acordo com Robles, os principais fatores climáticos que influenciam o país nesta época do ano são “as condições de temperatura da região do Pacífico Equatorial, que no momento caracterizam o fenômeno La Niña, bem como do oceano Atlântico Sul, e as oscilações Antártica (AAO), ou Modo Anular Sul (SAM), e de Madden-Julian (MJO)”.
Segundo o meteorologista, os fatores climáticos Modo Anular Sul, Madden-Julian e temperatura das águas do Atlântico Sul serão os principais responsáveis por proporcionar “um padrão de distribuição de chuvas diferente ao que se espera sob influência do La Niña”.
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“Para Janeiro, ao se observar as águas do Atlântico Sul, é notável as anomalias bastante positivas na sua porção centro-sul, o que proporciona uma condição favorável ao desenvolvimento de baixas pressões e o estabelecimento de sistemas frontais nessa região, resultando em uma maior taxa de precipitação no Centro-Sul do país”, explica.
“Devido a influência da Madden-Julian, há potencial para chuvas irregulares em meados de Janeiro na porção central do país. As chuvas mais abrangentes e volumosas possuem maior probabilidade de ocorrer no leste das regiões Sudeste e Sul. A oscilação passa a atuar na fase dois, ao longo dos primeiros 10 dias, resultando em uma condição favorável às chuvas no Centro-Norte. Já em meados do mês, há grande chance de estarem sob as fases 3 e 4, que desfavorecem a precipitação nessa porção do país, proporcionando uma concentração das chuvas mais para o Sul”, conclui.
Compre Rural com informações são da AgroLink.