O aumento é de 5,5% na renda dos produtores rurais (Foto: Ministério da Agricultura/Divulgação)
A produção agropecuária vai injetar R$ 28,9 bilhões a mais na economia brasileira em 2017, segundo os cálculos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, que prevê um aumento de 5,5% na renda dos produtores rurais no próximo ano, para R$ 552,5 bilhões.
Segundo o estudo, a maior contribuição será das lavouras, com previsão de aumento de 7,2% (mais R$ 24,4 bilhões) na renda proporcionada pelos principais produtos vegetais, que deve atingir R$ 365 bilhões. No caso da pecuária, a perspectiva é de aumento de R$ 4,5 bilhões (2,5%) no valor da produção, para R$ 187,5 bilhões.
A recuperação da safra de grãos é responsável pelo aumento da renda dos produtos vegetais. As previsões iniciais são de aumento de 14,2% na produção, para 213 milhões de toneladas. Vale lembrar que no ano passado a safra teve uma quebra de 10,3% para 186,1 milhões de toneladas, por causa do fenômeno climático El Niño, que provocou falta ou excesso de chuvas em momentos importantes, tanto no plantio como no desenvolvimento e colheita das lavouras. Por isso o valor da produção agropecuária no ano passado encolheu R$ 9,4 bilhões (1,8%).
Um dos destaques é a perspectiva de recuperação da renda da produção de milho, que deve aumentar em R$ 13 bilhões (31,5%) e atingir R$ 54,5 bilhões em 2017. Na safra passada a produção de milho teve uma quebra de 20,9% e mesmo com os preços recordes, impulsionados pela redução da oferta, o valor da produção do milho neste ano encolheu R$ 2,4 bilhões (menos 5,5%), para R$ 41,4 bilhões.
No caso da soja, carro-chefe da agropecuária brasileira, o estudo aponta para aumento de R$ 1,6 bilhão no valor da produção, para R$ 118 bilhões. Outro produto que deve ter crescimento expressivo de renda é o feijão, que em função do descompasso entre oferta e demanda atingiu preços recordes. A projeção de aumento de R$ 5,5 bilhões (50,5%) no valor de produção do feijão, para R$ 11 bilhões.
Nos produtos animais o destaque é o setor avícola, com perspectiva de aumento de R$ 3 bilhões (mais 5,6%) na renda, para R$ 58,4 bilhões. A expectativa para a pecuária de corte é de retração de R$ 1,9 bilhão (menos 2,6%) no valor da produção, para R$ 71,8 bilhões. Na pecuária de leite, a previsão é de aumento de R$ 2,6 bilhões (mais 9,8%), para R$ 29,6 bilhões. A suinocultura se mantém estável, com leve aumento de R$ 102 milhões (mais 0,7%) para R$ 13,9 bilhões. No setor de postura (ovos) a indicação é de aumento de R$ 585 milhões (mais 4,5%) para R$ 13,6 bilhões.
Autoria: Venilson Ferreira